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sexta-feira, 6 de abril de 2012

5 gays que marcaram a história


Pessoal, acabei de ler esse artigo que acabou de ser postado pela revista SUPERINTERESSANTE. Esse artig 
Redação Super 27 de fevereiro de 2012
Por Marcel Verrumo
COLABORAÇÃO PARA A SUPERINTERESSANTE
Nem só por héteros foi escrita a História. Ao longo dos séculos, muitos heróis - e vilões - que mudaram os rumos da civilização foram gays. Alguns foram aceitos por seu tempo. Outros não tiveram a mesma sorte. Isso sem falar naqueles cuja orientação sexual nunca ficou clara.
Em algumas civilizações antigas, nem era preciso sair do armário - a homossexualidade era natural e fazia parte da sociedade. A condenação dos gays veio com a ascensão das religiões monoteístas. Em 533, o imperador cristão Justiniano assinou a primeira lei que proibia as práticas homossexuais. A pena pelo “crime” podia ser a morte. Nos séculos seguintes, a história da comunidade gay foi marcada por condenações, perseguições e assassinatos. Mas também por grandes feitos na política, na ciência e nas artes. Relembre 6 gays que, para o bem ou para o mal, mudaram a história.
1. Sócrates (470 a.C. – 399 a.C.)
Sócrates, um dos principais filósofos ocidentais, viveu na Grécia Antiga, onde era normal um homem mais velho manter relações sexuais com homens jovens. O tutor de Platão chegou a declarar que o sexo anal era sua melhor fonte de inspiração e que relações heterossexuais serviam apenas para procriação. Detalhe: Sócrates defendia a investigação e o diálogo para se chegar à verdade, método que deu origem à famosa DR que assombra casais. Será que, em algum momento, ele precisou ter uma DR porque sua “fonte de inspiração” havia secado?!
2. Alexandre, o Grande (356 a.C. – 323 a.C.)
A orientação sexual do guerreiro macedônio é assunto que já rendeu polêmicos estudos acadêmicos, livros e até filmes hollywoodianos. O historiador Plutarco conta que Alexandre se casou quatro vezes (com mulheres). No entanto, alguns historiadores, como Diodoro Sículo, afirmam que o guerreiro teria tido pelo menos um amante-homem, Heféstion. Aliás, quando Heféstion morreu, Alexandre teria ficado sem comer e beber por vários dias.
3. Leonardo da Vinci (1452 – 1519)
A versatilidade e o talento de Leonardo da Vinci nunca surtiu dúvidas: ele foi cientista, engenheiro, anatomista, botânico, inventor. E pintor, claro. Com base em registros históricos e em escritos pessoais, biógrafos de Da Vinci deduzem que o gênio teria sido homossexual. Leonardo passou, inclusive, por um tribunal após ser acusado de sodomia com um homem prostituto. A acusação não foi adiante, mas os boatos a respeito da sexualidade de Da Vinci permanecem até hoje.
4. Ernest Röhm (1887 – 1934)
Homossexual assumido, Röhm foi um dos braços-direito de Adolf Hitler e um dos responsáveis pelo crescimento do movimento nazista na Alemanha dos anos 1920-1930. Devido à sua orientação sexual, o oficial tinha muitos inimigos dentro do partido. O resultado da sua união com Hitler não poderia ser diferente. Quando o fürher percebeu que Ernest poderia lhe causar sérios problemas (tipo uma contradição histórica inexplicável), decidiu tirá-lo do seu caminho. Fez o mesmo que fazia com muitos dos homossexuais da época: matou.
5. Harvey Milk (1930 – 1978)
Harvey Milk, representante distrital de São Francisco, foi o primeiro gay assumido a vencer uma eleição nos Estados Unidos. Em uma sociedade conservadora da década de 1970, ele discursava em favor da liberdade e tentava dar esperança aos gays. Seu ativismo foi importante na luta gay: 11 meses após ser eleito, Milk conseguiu aprovar uma lei sobre os direitos dos homossexuais de São Francisco. Personalidade polêmica e visada por conservadores, o militante foi assassinado um anos após ser eleito. Para conferir a história do político, vale conferir “Milk - A Voz da Igualdade”, de Gus Van Sant.
Bônus: Tim Cook (1960 - )
Cook pode não ter mudado ainda os rumos da civilização, mas poder para isso não falta. Tim Cook, fora do armário, é o presidente da Apple e sucessor do mítico Steve Jobs. Alguém duvidade seu potencial?
Fonte:
Born to Be Gay – 
História da Homossexualidade, William Naphy, Edições 70, 2006.

segunda-feira, 19 de março de 2012

A Idade Moderna (século XV ao século XVIII)


Caros alunos, abaixo vocês acompanharão um breve resumo sobre a Idade Moderna. Esse período de verdadeiras transformações que surge posteriormente a longa e polemica Idade Média. Espero que esse conteúdo possa vir a ajudá-los em futuras pesquisas, como também nos debates que aconteceram em sala de aula. 

O conteúdo é direcionado as minha turmas de 2º ano, mas pode servir como conteúdo de revisão aos meu alunos do 3º ano do Colégio Compositor Luis Ramalho.

Apreciem com moderação e bons estudos...


A Idade Moderna (século XV ao século XVIII)

        Os séculos XV e XVI marcam o começo de um período histórico chamado Idade Moderna, que se estende até o final do século XVIII. Três grandes acontecimentos se destacam nesse período: a Expansão Marítima, o Renascimento e a Reforma.
    Esses acontecimentos alteraram profundamente a política, a economia, a sociedade e a cultura. Em conseqüência disso, as pessoas passaram a adotar modos de vida bem diferentes daqueles dos homens que viveram na Idade Média.
    O primeiro acontecimento significativo da Idade Moderna foram as Grandes Navegações. Entre os séculos XV e XVI, alguns países europeus descobriram novas terras, povos e produtos, ampliando sua riqueza e seu poder. Os dois países que mais se destacaram nesses descobrimentos foram Portugal e Espanha.
   As descobertas de novas rotas marítimas e novas terras, abriram caminho para as comunicações com todo do mundo.
   O Renascimento cultural, firmava novos valores e princípios, contestando os valores medievais-feudais.
   Na religião, a Reforma Protestante, marcou o processo de decadência da Igreja, a principal representante da ordem feudal, adequando a religião aos Tempos Modernos.
   Na política, a formação das monarquias nacionais iniciada durante a Baixa Idade Média, submetendo a nobreza e a Igreja, consolidou-se na Idade Moderna, com o surgimento dos Estados Absolutos.
   A Idade Moderna foi assim, o período de desmontagem progressiva do que ainda restava do feudalismo e de edificação gradual da nova ordem capitalista.

Fontes:
http://wikipedia.org/wiki/Idade_Moderna  

segunda-feira, 5 de março de 2012

O que estudar para a prova de História do ENEM?


Enem tem se tornado um fantasma que persegue você, querido aluno. São tantas as matérias e às vezes tão pouco tempo para estudar para a prova de História do Enem.
O que realmente é importante para  a prova de história do Enem?
Importa  a capacidade de ler e de interpretar do aluno, então decorar realmente não ajuda muito, porque nas provas do Enem os temas sempre são abordados de uma maneira que o candidato seja forçado a demonstrar o que ele realmente aprendeu durante sua vida estudantil.
Portando, confira abaixo os principais conteúdos de História que costumam ser cobrados pelos avaliadores desse temido exame!!!

  1. Crise do Sistema Feudal
    • Gênese e Características do Sistema Feudal
    • Apogeu do Feudalismo (Séculos X a XIII)
    • Crises do Século XIV
    • Formação dos Estados Nacionais Modernos
  2. Transição Feudal-Capitalista
    • Expansionismo Marítimo Europeu
    • Renascimento
    • Movimentos Religiosos
    • Mercantilismo
    • Absolutismo
  3. Sistema Colonial nas Américas Espanhola e Inglesa
    • Sistema Colonial na América Espanhola
    • Sistema Colonial na América Inglesa
  4. Sistema Colonial no Brasil
    • Período Pré-Colonial – 1500 a 1530
    • Política Colonial
    • Economia Colonial
    • Sociedade e Cultura Coloniais
  5. Consolidação do Capitalismo e da Ordem Burguesa na Europa
    • Bases Científicas e Filosóficas do Pensamento Liberal
    • Revolução Gloriosa – Inglaterra – 1688
    • Revolução Francesa – 1789 a 1799
    • Período Napoleônico – 1799 a 1815
    • Revolução Industrial
  6. Crise do Sistema Colonial nas Américas Inglesa e Espanhola
    • Revolução Americana
    • Crise do Sistema Colonial na América Espanhola
  7. Crise do Sistema Colonial no Brasil
    • Movimentos Brasileiros de Contestação
    • Período Joanino – 1808 a 1821
    • A Independência
  8. Ordem Europeia do Século XIX
    • O Congresso de Viena (1814-15)
    • A Europa Pós-Viena
    • Política das Nacionalidades – Unificações Alemã e Italiana – 1870
    • O Movimento Operário Europeu
    • O Imperialismo Afro-Asiático (Neocolonialismo)
  9. América do Século XIX: Consolidação dos Estados e Evolução do Sistema Capitalista
    • Os Estados Unidos no Século XIX
    • A América Latina no Século XIX
  10. Ordem Imperial Brasileira
    • Primeiro Império – 1822 a 1831
    • Regências – 1831 a 1840
    • Segundo Império – 1840 a 1889
  11. Críticas, Contradições e Crises do Capitalismo – Século XX (Até 1945)
    • Primeira Guerra Mundial – 1914 a 1918
    • Revolução Russa – 1917
    • O Mundo de Entre-Guerras
    • Segunda Guerra Mundial – 1939 a 1945
  12. Século XX – O Mundo de pós-1945 aos Dias Atuais
    • O Pós-Guerra
    • As Grandes Questões da Atualidade
    • República Oligárquica (República Velha)
  13. O Brasil de 1889 a 1930
    • A Crise da Monarquia e as Origens da República
    • Instabilidade Inicial da República
    • Economia
    • Movimentos Operários
    • Política
    • A Revolução de 1930 – O Colapso da República Oligárquica
  14. República Nova – Populismo, Militarismo e Democracia – O Brasil de 1930 aos dias atuais
    • República Populista
    • O Brasil de 1930 a 1964
    • República dos Militares
    • O Brasil de 1964 a 1985
    • Nova República
  15. O Brasil de 1985 aos dias atuais
  16. América Latina no Século XX
    • Evolução Econômica e Política da América Latina
Portanto, cabe a você organizar sua rotina de estudos para garantir um bom resultado no exame!!!!

Bons estudosss...


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Carmem Miranda, a nossa pequena notável


nascimento 09/02/1909 falescimento 05/08/1955



Olá pessoal!!

 Para quem não sabe, especialmente hoje dia 09 de fevereiro, comemoramos o aniversário de Carmem Miranda. Essa figura bastante ilustre e irreverente que para sua época foi praticamente a Leide Gaga das décadas de 1920 e 1950. 

Com o nome de batismo era Maria do Carmo Miranda da cunha, mas como sabemos ficou internacionalmente conhecida como Carmem Miranda por ter cativado a todos com seu enorme talento expostos não só no rádio, como também no teatro de revista, no cinema e na televisão. Carmem chegou a receber o maior salário até então pago a uma mulher nos Estados Unidos. Seu estilo eclético e seu gingado inigualável à eternizou como precursora do tropicalismo, movimento cultural brasileiro surgido no final da década de 1960.

Então, você está convidado a conhecer um pouquinho da história dessa “pequena notável”!!!!
Vamos lá....



De pequena notável à brazilian bombshell


Portuguesa de nascimento, Carmen Miranda foi criada na Lapa carioca, que nas décadas de 1910 e 1920 era um caldeirão cultural de artistas, malandros e gente de todo tipo. Assimilando a estética, a linguagem e as novas sonoridades do lugar e da época, aprendeu as gírias e expressões das rodas boêmias, suas favoritas, e criou um personagem que seria uma representação do
 século 20.
Carmen foi a primeira artista multimídia do Brasil. Talentosa, não só cantava, dançava e atuava, mas sabia, intuitivamente, transitar com desenvoltura pelo que viria a se tornar a indústria cultural.

Nossa peque notável teve uma vida curta, porém intensa. 
Sua personalidade carismática e sua ascensão internacional inédita foram registradas não só em fotografias, discos e filmes, como em artigos, reportagens, entrevistas e muitos livros, no Brasil e no exterior.


Um pouquinho de sua História:


Quando Carmen Miranda, em 1939, embarcou no Rio de Janeiro e chegou ao porto de Nova Iorque, era uma ilustre desconhecida do público americano. Bastou-lhe porém um mês para conquistar a Feira Mundial, a Broadway e extraordinária popularidade. Logo veio o convite do cinema. Era o seu triunfo na América e em todo o mundo, que permanece até hoje, pois seus trajes, sua graça, sua personalidade e sua voz são uma marca registrada única.

O que ninguém sabia na América é que Carmen já tinha 10 anos de carreira no Brasil como cantora de disco, do rádio e 

no cinema. Era a mulher mais famosa e amada do Brasil, recordista absoluta de vendagem de discos e também a "Embaixatriz do Samba", já que, nos anos 30, fez 8 excursões à Argentina para cantar nas rádios de Buenos Aires e, de passagem, em Montevidéu. Era verdadeiramente o símbolo da alma brasileira. Por isso, a ida de Carmen aos EUA, se provocou o orgulho nacional, trouxe depois alguns ressentimentos nos brasileiros pelos 14 anos consecutivos de sua ausência do Brasil. A "ingrata Carmen" nos havia abandonado!
Tudo isso porém foi esquecido quando, aos 46 anos, ela faleceu em Beverly Hills. Um milhão de pessoas chorando e cantando suas músicas acompanhando seu corpo embalsamado ao Cemitério de São João Batista, no Rio.

Carmen Miranda (1909-1955), pseudônimo de Maria do Carmo Miranda da Cunha, nasceu em Portugal, na zona rural de Marco de Canavezes. Veio para o Brasil com 18 meses. Seu pai era barbeiro e a família, de 6 filhos, vivia modestamente. Aurora, irmã de Carmen, também seria cantora. Carmen estudou alguns anos num colégio de freiras, no bairro da Lapa, no centro do Rio onde morava, que dava instrução e atendia crianças pobres. Ela depois foi trabalhar como balconista de lojas de roupas femininas e gravatas. Mais tarde, por conta própria, passou a confeccionar chapéus femininos, com muita arte e originalidade. A família também mantinha em sua casa uma pensão que fornecia refeições aos empregados do comércio. Carmen queria ser artista e tinha consciência de que poderia vencer. Em 1929, com 20 anos, foi levada pelo violonista e compositor baiano Josué de Barros, seu descobridor e protetor, para gravar na Brunswick, fábrica recém-instalada no Rio. O disco demorava a ser lançado e por isso Josué a levou para a Victor, que também se inaugurava no Rio. Imediatamente, como um passe de mágica, Carmen explodiu como celebridade no Brasil, para sorte da Victor, que estava formando seu elenco de cantores. Passou Carmen a ser, literalmente, a "Menina de Ouro da Victor". 

Lá gravou "Pra Você Gostar de Mim", que os fãs passaram a chamar de "Taí". Essa marcha quebrou em 1930 o recorde brasileiro de vendas, com a marca extraordinária de 36 mil cópias! Era o terceiro disco de Carmen na Victor. Até hoje é muito cantada no carnaval brasileiro. Daí em diante, seus êxitos nunca cessaram. Ela lançou muitos compositores e era acompanhada pelos maiores músicos brasileiros como Pixinguinha, Canhoto, Benedito Lacerda, Luiz Americano, etc.

Ao todo, Carmen gravou na R.C.A. Victor, entre 1929 e 1935, 77 discos com 150 músicas. Ela seria, em 1935, atraída por um vantajoso contrato da Odeon. No Brasil, na R.C.A. Victor e na Odeon, Carmen gravou 281 músicas.

O estilo de Carmen era uma envolvente mistura de graça e ingênua malícia. Sua enorme capacidade de expressão fazia os ouvintes sentirem sua presença "fora do disco", ao vivo. Nos teatros, aquela mulher de pouca estatura e delicada de corpo parecia eletrizar o público com voz, os gestos sugestivos e os olhos verdes que chispavam. Carmen, porém, só se vestiria de baiana - e fazendo da baiana o traje típico da mulher brasileira perante o mundo - em fins de 1938, para cantar no filme "Banana da Terra".

No começo da carreira, foi chamada de "A Pequena do It na Voz e no Gesto", "Rainha do Samba" e "Ditadora Risonha do Samba". A partir de 1935, seu slogan definitivo no Brasil foi "A Pequena Notável".

MÚSICAS MAIS FAMOSAS :


Filmografia



Todos os títulos em Português dos filmes estrangeiros referem-se a exibições no Brasil.
Fontes:
http://cliquemusic.uol.com.br/artistas/ver/carmen-miranda
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carmen_Miranda
www.carmenmiranda.com.br

Bibliografia:
CASTRO, Ruy, Carmen, Uma BiografiaSão Paulo:Companhia das Letras, 2005ISBN 85-359-0760-2

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

História do Carnaval

Olá pessoal!

    Sabemos que o Carnaval está bem aí!!! Ano passado acabei fazendo uma postagem sobre "Como surgiu o Carnaval".  Para não ficar repetitivo, esse ano resolvi postar dois vídeos bastante interessantes a respeito do tema. O primeiro irá retratar as verdadeiras origens desse festejo, e o segundo falará da introdução do Carnaval no Brasil, bem como, a contribuição de Chiquinha Gonzaga na construção das eternas Marchinhas de Carnaval.
    Espero que gostem ...

Bjos e bons festejos...




sábado, 14 de janeiro de 2012

Como surgiram os nomes dos meses do ano?


Bom pessoal!
 Como o ano está apenas começando, resolvi publicar uma artigo interessantíssimo que acabei lendo no site da revista Aventuras na História. Esse artigo fala como foi escolhido os nomes que servem para identificar aos meses do ano. Espero que vocês gostem... 


Nosso calendário é regido por deuses, imperadores e números romanos


Antes de Roma ser fundada, as colinas de Alba eram ocupadas por tribos latinas, que dividiam o ano em períodos nomeados de acordo com seus deuses. Os romanos adaptaram essa estrutura. De acordo com alguns pensadores, como Plutarco (45-125), no princípio dessa civilização o ano tinha dez meses e começava por Martius (atual março). Os outros dois teriam sido acrescentados por Numa Pompílio, o segundo rei de Roma, que governou por volta de 700 a.C.

Os romanos não davam nome apenas para os meses, mas também para alguns dias especiais. O primeiro de cada mês se chamava Calendae e significava "dia de pagar as contas" - daí a origem da palavra calendário, "livro de contas". Idus marcava o meio do mês, e Nonae correspondia ao nono dia antes de Idus. E essa era apenas uma das diversas confusões da folhinha romana.

Até Júlio César (100 a.C.-46 a.C.) reformar o calendário local, os meses eram lunares (sincronizados com o movimento da lua, como hoje acontece em países muçulmanos), mas as festas em homenagem aos deuses permaneciam designadas pelas estações. O descompasso, de dez dias por ano, fazia com que, em todos os triênios, um décimo terceiro mês, o Intercalaris, tivesse que ser enxertado.

Com a ajuda de matemáticos do Egito emprestados por Cleópatra, Júlio César acabou com a bagunça ao estabelecer o seguinte calendário solar: Januarius, Februarius, Martius, Aprilis, Maius, Junius, Quinctilis, Sextilis, September, October, November e December. Quase igual ao nosso, com as diferenças de que Quinctilis e Sextilis deram origem ao meses de julho e agosto. Quando e como isso aconteceu, você descobre lendo o quadro abaixo.

Folhinha milenar
Divisão do ano é basicamente a mesma há 20 séculos

Janeiro

Januarius era uma homenagem ao deus Jano, o senhor dos solstícios, encarregado de iniciar o inverno e o verão. Seu nome vem daí: ianitor quer dizer porteiro, aquele que comanda as portas dos ciclos de tempo.

Fevereiro

O nome se referia a um rito de purificação, que em latim se chamava februa. Logo, Februarius era o mês de realizar essa cerimônia. Nesse período, os romanos faziam oferendas e sacrifícios de animais aos deuses do panteão, para que a primavera vindoura trouxesse bonança.

Por que 28 dias?

Até 27 a.C., fevereiro tinha 29 dias. Quando o Senado criou o mês de agosto para homenagear Augusto, surgiu um problema: julho, o mês de Júlio César, tinha 31 dias, e o do imperador, só 30. Então o Senado tirou mais um dia de fevereiro.

Março

Dedicado a Marte, o deus da guerra. A homenagem, porém, tinha outra motivação, bem menos beligerante. Como Marte também regia a geração da vida, Martius era o mês da semeadura nos campos.

Abril

Pode ter surgido para celebrar a deusa do amor, Vênus. Na primeiro dia do mês, as mulheres dançavam com coroas de flores. Outra hipótese é a de que Aprilis tenha se originado de aperio, "abrir" em latim. Seria a época do desabrochar da primavera.

Maio

Homenagem a Maia, uma das deusas da primavera. Seu filho era o deus Mercúrio, pai da medicina e das ciências ocultas. Por esse motivo, segundo escreveu Ovídio na obra Fastos, Maius era chamado de "o mês do conhecimento".

Junho

Faz alusão a Juno, a esposa de Júpiter. Se havia uma entidade poderosa no panteão romano, era ela, a guardiã do casamento e do bem-estar de todas as mulheres.

Julho

Chamava-se Quinctilis e era simplesmente o nome do quinto mês do antigo calendário romano. Até que, em 44 a.C. o Senado romano mudou o nome para Julius, em homenagem a Júlio César.

Agosto

Antes era Sextilis, "o sexto mês". De acordo com o historiador Suetônio, o nome Augustus foi adotado em 27 a.C., em homenagem ao primeiro imperador romano, César Augusto (63 a.C.-14 d.C.).

Setembro a dezembro

Para os últimos quatro meses do ano, a explicação é simples: setembro vem de Septem, que em latim significa "sete". Era, portanto, o sétimo mês do calendário antigo. A mesma lógica se repete até o fim do ano. Outubro veio de October (oitavo mês, de octo), novembro de November (nono mês, de novem, e data do Ludi Plebeii, um festival em homenagem a Júpiter) e dezembro de December (décimo mês, de decem).

E o ano bissexto?
Dia extra a cada quatro anos corrige distorção

Ao adotar o calendário solar, em 44 a.C., Júlio César criou o ano de 365 dias e um quarto. Por causa dessa diferença, a cada quatro anos era necessário atualizar as horas acumuladas com um dia extra. O problema do calendário juliano é que, na verdade, um ano tem 11 minutos e 14 segundos a menos do que se estimava. Por isso, em 1582, o papa Gregório XIII (1502-1585) anulou dez dias do calendário e determinou que, dos anos terminados em 00, só seriam bissextos os divisíveis por 400. E o nome "bissexto" tem uma explicação curiosa: em Roma, celebrava-se o dia extra no sexto dia de março, que era contado duas vezes.
Fonte: