Muitos aqui quando pequenininho, ou até mesmo depois de grandes, chegaram a se perguntar qual o objetivo de se comemorar o 7 de setembro. Um dia em que muitos ficam com aquele sentimento de amor a pátria, enquanto outro se revoltam com a situação em que a mesma se encontra. Já os pequenininhos, curtem a valer o lance de pintar soldadinhos e bandeirinha do Brasil na escola. Bens tempos estes!!! Mas enfim...
O objetivo dessa artigo, é que vocês, caríssimos leitores, compreendam um pouco mais e reflitam a cerca desse processo histórico tão significante para o desenvolvimento da nossa "pátria amada Brasil".
Leiam e curtam a valer...
No dia 7 de setembro de 1822, o príncipe português D,Pedro I declarou, às margens do rio Ipiranga, em São Paulo, a Independência do Brasil. Foi a partir desta data, com o famoso grito de "Independência ou Morte!", que nosso país deixou de ser uma simples colônia de Portugal e passou a existir como nação "independente". Mas, na verdade, a independência brasileira foi resultado de um processo que já tinha se iniciado há algum tempo.
Antes de se tornar independente, o Brasil era uma colônia de Portugal. Isso significa que o nosso país não tinha liberdade para nada: todos os políticos e administradores importantes eram portugueses, indicados pelo rei de Portugal; tudo que era vendido e comprado aqui era controlado, uma vez que a coroa se achava a "dona" do Brasil, mandando e desmandando em tudo que acontecia aqui.
Mas a população começou a ficar cansada desta falta de liberdade. Isso sem falar nos altíssimos impostos que Portugal começou a cobrar de todo mundo. Revoltadas, as pessoas começaram a se organizar em movimentos que exigiam a tão sonhada independência. Entre estas rebeliões, as mais famosas foram a Inconfidência Mineira, de Tiradentes, e a Conjuração Baiana.
Junto com o que acontecia no resto do mundo, essas revoltas mostravam que essa história de existirem colônias e países que exploravam estas colônias não estava com nada. Na Europa, começaram a aparecer ideias chamadas iluministas, que eram contra esse sistema. A Independência dos EUA(1776) e a Revolução Francesa também foram sinais que o mundo estava mudando. E para melhor!
Outra coisa que ajudou o Brasil a se tornar independente foi a vinda da Familia Real para cá, em 1808. No mesmo ano, a abertura dos portos para outros países além de Portugal liberou o comércio brasileiro com outras nações, preparando o terreno para a nossa independência.
Em 1821, o rei Dom João VI foi obrigado a retornar para Portugal, deixando seu filho D. Pedro para tomar conta do Brasil. D, Pedro virou regente do país e começou a se aproximar dos fazendeiros. Com medo de que Portugal voltasse atras na decisão de reabertura dos portos, estes fazendeiros começara, a pressionar D. Pedro, pedindo a independência.
No ano seguinte(1822), D. João VI exigiu que seu filho retornasse a Portugal. Mas os ricos fazendeiros fizeram pressão do outro lado. Eles estavam com medo de que, caso D. Pedro retornasse, o Brasil voltasse à estaca zero e perdesse todas as liberdades até então conquistadas.
No dia 9 de janeiro de 1822, após um abaixo-assinado pedindo ao príncipe que não fosse para Portugal, D. Pedro disse que ficaria no Brasil. Data esta que ficou conhecida como o "Dia do Fico". Ao fazer isso, ele desobedeceu uma ordem de seu pai e acabou com a corte portuguesa.
Vale lembrar que D. Pedro era muito influenciado por alguns políticos da época. Entre eles, estavam os irmãos Antônio Carlos e José Bonifácio, Juntamente com José da Silva Lisboa. Eles tiveram papel importante no processo de rompimento de Brasil com Portugal.
E finalmente, no dia 7 de setembro de 1822, pressionado pela corte portuguesa para que voltasse, D. Pedro I declarou a Independência do Brasil e virou imperador do nosso país. Mas Portugal só reconheceu nossa independência três anos depois, em 1825, e o Brasil ainda teve que pagar 2 milhões de Libras Esterlinas para isso.
PARA REFLETIR!!!
A independência brasileira foi um processo liderado, em grande parte, pelos grupos que mais se beneficiariam com a ruptura dos laços coloniais: os grandes proprietários de guerra e os grandes comerciantes.
A separação política tinha como principais objetivos, como muitos sabem, preservar a autonomia administrativa do país e a liberdade do comércio. Assim, ela não buscou alterar as condições de vida da população. A escravidão africana foi mantida, e a maior parte das pessoas não tiveram grande motivo para a comemoração.
CURIOSIDADES:
O grito do Ipiranga. Óleo sobre tela de Pedro Américo (1888) |
Certas frases ditas por personalidades, ou mesmo pessoas anônimas, entram para a história. “Houston, nós temos um problema”, “Luke, eu sou seu pai”, “Se isso é estar na pior...”.
São inúmeras frases célebres e nós brasileiros temos uma muito especial: Independência ou morte!
Foi com essas palavras que Dom Pedro 1º , às margens do Rio Ipiranga, proclamou a independência de nossa nação, que era colônia de Portugal.
O momento teria sido registrado em pintura e consagrado como algo célebre, cheio de heroísmo e glamour. Acontece que não foi bem assim.
A historiadora Cecília Helena de Salles Oliveira escreveu um livro chamado “O Brado do Ipiranga”, em que analisa a famosa pintura “O Grito do Ipiranga”, de Pedro Américo.
Entre os mitos desvendados está a presença cavalos belíssimos. Na verdade, Dom Pedro 1º e sua corte subiram a Serra do Mar, vindo de Santos, mas em jumentos, já que os animais são mais resistentes para longas viagens.
O pobre Dom Pedro 1º, representado em toda sua glória e fineza, não parou às margens do rio porque não conseguia segurar aquele grito histórico, mas sim ordenou porque ele estava com uma forte diarreia e precisava aliviar a carga.
Dessa forma, os pomposos uniformes militares também são motivo de descrença, afinal ninguém usaria roupas tão pesadas para viajar tanto. Ainda mais com o calor que fazia na época e com a enfermidade do imperador.
Sem glamour, mas entrou para a história, tá?
FONTE:
ABREU, Capistrano de. Capítulos de história colonial. Belo Horizonte/São Paulo, Itatiaia/Edusp,1988.
FAUSTO, Boris(org). História do Brasil. São Paulo, Edusp, 1995.