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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Independência ou Morte!!!!

Muitos aqui quando pequenininho, ou até mesmo depois de grandes, chegaram a se perguntar qual o objetivo de se comemorar o 7 de setembro. Um dia em que muitos ficam com aquele sentimento de amor a pátria, enquanto outro se revoltam com a situação em que a mesma se encontra. Já os pequenininhos, curtem a valer o lance de pintar soldadinhos e bandeirinha do Brasil na escola. Bens tempos estes!!! Mas enfim... 

O objetivo dessa artigo, é que vocês, caríssimos leitores, compreendam um pouco mais e reflitam a cerca desse processo histórico tão significante para o desenvolvimento da nossa "pátria amada Brasil".
Leiam e curtam a valer... 

   No dia 7 de setembro de 1822, o príncipe português D,Pedro I declarou, às margens do rio Ipiranga, em São Paulo, a Independência do Brasil. Foi a partir desta data, com o famoso grito de "Independência ou Morte!", que nosso país deixou de ser uma simples colônia de Portugal e passou a existir como nação "independente". Mas, na verdade, a independência brasileira foi resultado de um processo que já tinha se iniciado há algum tempo. 

   Antes de se tornar independente, o Brasil era uma colônia de Portugal. Isso significa que o nosso país não tinha liberdade para nada: todos os políticos e administradores importantes eram portugueses, indicados pelo rei de Portugal; tudo que era vendido e comprado aqui era controlado, uma vez que a coroa se achava a "dona" do Brasil, mandando e desmandando em tudo que acontecia aqui.
   Mas a população começou a ficar cansada desta falta de liberdade. Isso sem falar nos altíssimos impostos que Portugal começou a cobrar de todo mundo. Revoltadas, as pessoas começaram a se organizar em movimentos que exigiam a tão sonhada independência. Entre estas rebeliões, as mais famosas foram a Inconfidência Mineira, de Tiradentes, e a Conjuração Baiana.
   Junto com o que acontecia no resto do mundo, essas revoltas mostravam que essa história de existirem colônias e países que exploravam estas colônias não estava com nada. Na Europa, começaram a aparecer ideias chamadas  iluministas, que eram contra esse sistema. A Independência dos EUA(1776) e a Revolução Francesa também foram sinais que o mundo estava mudando. E para melhor!
   Outra coisa que ajudou o Brasil a se tornar independente foi a vinda da Familia Real para cá, em 1808. No mesmo ano, a abertura dos portos para outros países além de Portugal liberou o comércio brasileiro com outras nações, preparando o terreno para a nossa independência. 
   Em 1821, o rei Dom João VI foi obrigado a retornar para Portugal, deixando seu filho D. Pedro para tomar conta do Brasil. D, Pedro virou regente do país e começou a se aproximar dos fazendeiros. Com medo de que Portugal voltasse atras na decisão de reabertura dos portos, estes fazendeiros começara, a pressionar D. Pedro, pedindo a independência.
   No ano seguinte(1822), D. João VI exigiu que seu filho retornasse a Portugal. Mas os ricos fazendeiros fizeram pressão do outro lado. Eles estavam com medo de que, caso D. Pedro retornasse, o Brasil voltasse à estaca zero e perdesse todas as liberdades até então conquistadas.
   No dia 9 de janeiro de 1822, após um abaixo-assinado pedindo ao príncipe que não fosse para Portugal, D. Pedro disse que ficaria no Brasil. Data esta que ficou conhecida como o "Dia do Fico". Ao fazer isso, ele desobedeceu uma ordem de seu pai e acabou com a corte portuguesa.
   Vale lembrar que D. Pedro era muito influenciado por alguns políticos da época. Entre eles, estavam os irmãos Antônio Carlos e José Bonifácio, Juntamente com José da Silva Lisboa. Eles tiveram papel importante no processo de rompimento de Brasil com Portugal.
    E finalmente, no dia 7 de setembro de 1822, pressionado pela corte portuguesa para que voltasse, D. Pedro I declarou a Independência do Brasil e virou imperador do nosso país. Mas Portugal só reconheceu nossa independência três anos depois, em 1825, e o Brasil ainda teve que pagar 2 milhões de Libras Esterlinas para isso.   
        
PARA REFLETIR!!!

Mas afinal, quais os alcances e os limites dessa independência?
       A independência brasileira foi um processo liderado, em grande parte, pelos grupos que mais se beneficiariam com a ruptura dos laços coloniais: os grandes proprietários de guerra e os grandes comerciantes.
   A separação política tinha como principais objetivos, como muitos sabem, preservar a autonomia administrativa do país e a liberdade do comércio. Assim, ela não buscou alterar as condições de vida da população. A escravidão africana foi mantida, e a maior parte das pessoas não tiveram grande motivo para a comemoração.

CURIOSIDADES:
O grito do Ipiranga. Óleo sobre tela de Pedro Américo (1888)
Certas frases ditas por personalidades, ou mesmo pessoas anônimas, entram para a história. “Houston, nós temos um problema”, “Luke, eu sou seu pai”, “Se isso é estar na pior...”.
São inúmeras frases célebres e nós brasileiros temos uma muito especial: Independência ou morte!
Foi com essas palavras que Dom Pedro 1º , às margens do Rio Ipiranga, proclamou a independência de nossa nação, que era colônia de Portugal.
O momento teria sido registrado em pintura e consagrado como algo célebre, cheio de heroísmo e glamour. Acontece que não foi bem assim.
A historiadora Cecília Helena de Salles Oliveira escreveu um livro chamado “O Brado do Ipiranga”, em que analisa a famosa pintura “O Grito do Ipiranga”, de Pedro Américo.
Entre os mitos desvendados está a presença cavalos belíssimos. Na verdade, Dom Pedro 1º e sua corte subiram a Serra do Mar, vindo de Santos, mas em jumentos, já que os animais são mais resistentes para longas viagens.
O pobre Dom Pedro 1º, representado em toda sua glória e fineza, não parou às margens do rio porque não conseguia segurar aquele grito histórico, mas sim ordenou porque ele estava com uma forte diarreia e precisava aliviar a carga.
Dessa forma, os pomposos uniformes militares também são motivo de descrença, afinal ninguém usaria roupas tão pesadas para viajar tanto. Ainda mais com o calor que fazia na época e com a enfermidade do imperador.
Sem glamour, mas entrou para a história, tá?

FONTE:
ABREU, Capistrano de. Capítulos de história colonial. Belo Horizonte/São Paulo, Itatiaia/Edusp,1988.
FAUSTO, Boris(org). História do Brasil. São Paulo, Edusp, 1995.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Brasil Colônia

" Porque servindo ao Senhor, servia ao rei; trazendo o Evangelho, trazia também a cultura européia."

PERÍODO PRÉ-COLONIZADOR
Mapa Terra Brasilis (1515-1519)

     Com a descoberta do novo caminho para as Ìndias, o comércio de especiarias era a preciosa fonte de riquezas de Portugal. Lisboa, capital desse lucrativo comércio, destacava-se na época pela agitada vida econômica.
     Foi nesse contexto, em que as atenções portuguesas estavam voltadas para o comercio oriental, que se deu o "descobrimento" do Brasil. 
     Após as primeiras expedição, os enviados da Coroa portuguesa perceberam que não seria possível obter aqui lucros fáceis e imediatos, pois não encontraram, de início, as desejadas jazidas de ouro.
     Por outro lado, embora houvesse no litoral grande quantidade de pau-brasil (árvore da qual se extraía uma cobiçada tinta corante para tecidos), o lucro gerado pela exportação dessa madeira ainda seria menor do que o então vantajoso comércio de produtos africanos e asiáticos.

     PRIMEIRAS EXPEDIÇÕES AO BRASIL
      
     Por essas razões, houve inicialmente pouco interesse de Portugal pelas terras americanas. Nos primeiros 30 anos (1500-1530), o governo português limitou-se a enviar para cá algumas expedições marítimas destinadas principalmente ao reconhecimento da terra e à preservação de sua posse. Só depois teve início o efetivo processo de colonização portuguesa do Brasil.
     As principais expedições marítimas portuguesas enviadas ao Brasil nesse período, denominado pré-colonizador, por historiadores, foram:
  • Expedição comandada por Gaspar de Lemos(1501)- explorou grande parte do litoral brasileiro e deu nome aos principais acidentes geográfico então encontrados(ilhas, cabos, rios, baías).
  • Expedição comandada por Gonçalo Coelho(1503)- organizada por conta do contato assinado entre o rei de Portugal e um grupo de comerciantes interessados na exploração do pau-brasil, dentre os quais se destacava o rico comerciante Fernão de Noronha.
  • Expedição comandada por Cristóvão Jacques (1516-1520)- organizada para tentar deter o contrabando de pau-brasil feito por outros comerciantes europeus, como os franceses. Essas duas expedições(chamadas de guarda-costas) não foram bem-sucedidas, devido à grande extensão do nosso litoral.
     A EXTRAÇÃO DO PAU-BRASIL

    A primeira riqueza explorada pelos europeus em terras brasileiras foi o pau-brasil( Caesalpinia echinata),  árvore assim denominada devido à cor de brasado do interior de sei tronco. Os índios a chamavam ibirapitanga ou arabutã, que significava "madeira ou pau vermelho".
   A presença do pau-brasil era tão abundante no litoral, na faixa que vai do estado do Pernambuco até Angra dos Reis (no estado do Rio de Janeiro). Antes da conquista da América, os europeus compravam o pau-brasil do Oriente, mas a partir do século XVI tornou-se mais lucrativo extraí-lo em terras americanas. 

      Monopólio da Coroa
     
     Ao ser informado sobre a existência de pau-brasil nestas terras, o rei de portugal não demoreu a declarar sua exploração monopólio da Coroa portuguesa. Isso significa que ningém poderia retirá-lo das matas brasileiras sem prévia permissão do governo português e pagamento do tributo correspondente. Essa declaração, no entanto, não foi respeitada por ingleses, espanhóis e, principalmente, franceses; todos eles continuariam extraindo clandestinamente a madeira do litoral brasileiro.
     A primeira concessão da Coroa para exploração do pau-brasil foi dada ao comerciante português Fernão de Noronha, em 1503. Seus navios foram os primeiros a chegar à ilha que mais tarde recebeu seu nome.
    Os comerciantes de pau-brasil eram chamados brasileiros ( termo que, com o tempo, perdeu o sentido original e passou a ser utilizado para designar os colonos nascidos no Brasil).

      Trabalho Indígena

     A extração de pau-brasil nesse período dependia da mão de obra dos indígenas, pois eram eles quem  derrubavam as árvores, cortavam-nas em toras e carregavam-nas até os locais de armazenamento(feitorias), de onde eram levadas para os navios.
    Esse trabalho era conseguido de forma amigável, por meio do escambo. Em troca de uma série de objetos (como pedaços de tecidos, anzóis, espelhos e, às vezes, facas e canivetes) os indígenas derrubavam as árvores com machados fornecidos pelos europeus.
      
      Instalação de Feitorias

     Por seu caráter predatório e destrutivo, a extração de pau-brasil demandava, em certa medida, um comportamento nômade: os exploradores deslocavam-se pelas matas litorâneas à medida que a madeira se esgotava. Por isso, essa atividade não deu origem a núcleos significativos de povoamento.
      Foram construídas apenas algumas feitorias em determinados pontos da costa, onde a madeira era mais abundante. Esses locais serviam para armazená-la e protegê-la dos ataques de franceses e de tribos hostis. 



Referências Bibliográficas:

CORREIA, Marcos Sá. In: Revista veja. São Paulo, Abril, n.51, 24 dez. 1997. p.81. Suplemento Especial.
MESGRAVIS, Laima. O Brasil nos primeiros séculos. São Paulo, Contexto, 1989.p.62.
PRADO JR.,Caio. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo, Brasiliense,1979.


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Sociedades Pré-Colôbianas

Muitas civilizações pré-colombianas estabeleceram características e marcas que incluiam assentamentos permanentes ou urbanos, agricultura, e arquitetura cívica e monumental e complexas hierarquias sociais. Algumas dessas civilizações já tinham desaparecido antes da primeira chegada permanente dos europeus (c. final do séc. XV - início do séc. XVI), e são conhecidas apenas através de pesquisasarqueológicas. Outras foram contemporâneas com este período e também são conhecidos através de relatos históricos da época. Algumas, como os maias, tinham seus próprios registros escritos. No entanto, a maioria dos europeus da época viam esses textos como heréticos e muitos foram destruidos em piras cristãs. Apenas alguns documentos secretos continuam intactos, deixando os historiadores modernos, com lampejos dessas culturas e conhecimentos antigos.
era pré-colombiana incorpora todas as subdivisões períodicas na história e na pré-história das Américas, antes do aparecimento dos europeus no continente americano, abrangendo desde o povoamente original no Paleolítico Superior àcolonização européia durante a Idade Moderna. Embora tecnicamente referindo-se a era antes de viagens de Cristovão Colombo em 1492-1504, na prática, o termo inclui geralmente a história das culturas indígenas americanas, até que serem conquistadas ou significativamente influenciadas pelos europeus, mesmo que isso tenha acontecido décadas ou mesmo séculos depois do desembarque inicial de Colombo.
O termo pré-colombiano é frequentemente utilizado especialmente no contexto das grandes civilizações indígenas das Américas, como as da Mesoamérica (osolmecas, os toltecas, os teotihuacanos, os zapotecas, os mixtecas, os astecas e os maias) e dos Andes (os incasmocheschibchascañaris).
De acordo com contas e documentos dos indígenas americanos e dos europeus, as civilizações americanas no momento da colonização europeia possuiam muitas realizações impressionantes. Por exemplo, os astecas construíram uma das cidades mais impressionantes do mundo, Tenochtitlán, onde hoje está localizada aCidade do México, com uma população estimada em 200.000 habitantes. Civilizações americanas também exibiam realizações impressionantes emastronomia e matemática.

Astecas


A civilização asteca ou mexica foi um dos mais notórios povos a ocuparem a região da Meso-América. De acordo com um relato mítico, a tradição religiosa asteca relata que seu povo saiu à procura de um território sagrado. Tal região estaria marcada pela existência de uma águia repousada sobre um cacto, que carregava em seu bico uma serpente. Depois de passarem anos vagueando pelas regiões da América Central, o povo asteca fixou-se na região do Lago Texcoco. Ali desenvolveram intensa atividade agrícola e fundaram a cidade de Tenochtitlán. 

Explicações de cunho histórico dão conta que os astecas, por volta do século XIV, invadiram a região meso-americana valendo-se da frágil civilização tolteca que dominava aquela região. Em curto espaço de tempo, conseguiram formar um amplo império formado por centenas de centros urbanos e que contava com uma população de quase 15 milhões de habitantes. Durante sua história o império asteca dominou outros povos da região, dos quais cobravam tributos que abasteciam as principais cidades do império asteca. No final do século XV, com a chegada dos espanhóis à região, os astecas sofreram a crise e o declínio de seu império. As pretensões colonialistas e a cobiça pelos metais preciosos incitaram os espanhóis a promoverem a destruição desta antiga civilização. Por meio das guerras, pilhagens e o apoio de povos inimigos os espanhóis conquistaram toda a região. Com isso, foram perdidas valiosas fontes de conhecimento da cultura desse povo que dominou o Vale do México por mais de duzentos anos.

Maia 

O povo maia habitou a região das florestas tropicais das atuais GuatemalaHonduras e Península de Yucatán (região sul do atual México). Viveram nestas regiões entre os séculos IV a.C e IX a.C. Entre os séculos IX e X , os toltecas invadiram essas regiões e dominaram a civilização maia. Nunca chegaram a formar um império unificado, fato que favoreceu a invasão e domínio de outros povos. As cidades formavam o núcleo político e religioso da civilização e eram governadas por um estado teocrático.O império maia era considerado um representante dos deuses na Terra. A zona urbana era habitada apenas pelos nobres (família real), sacerdotes (responsáveis pelos cultos e conhecimentos), chefes militares e administradores do império (cobradores de impostos). Os camponeses, que formavam a base da sociedade, artesão e trabalhadores urbanos faziam parte das camadas menos privilegiadas e tinham que pagar altos impostos. 

A base da economia maia era a agricultura, principalmente de milho, feijão e tubérculos. Suas técnicas de irrigação eram muito avançadas. Praticavam o comércio de mercadorias com povos vizinhos e no interior do império.
Ergueram pirâmides, templos e palácios, demonstrando um grande avanço na arquitetura. O artesanato também se destacou: fiação de tecidos, uso de tintas em tecidos e roupas.
A religião deste povo era politeísta, pois acreditavam em vários deuses ligados à natureza. Elaboraram um eficiente e complexo  calendário que estabelecia com exatidão os 365 dias do ano.
Assim como os egípcios, usaram uma escrita baseada em símbolos e desenhos (hieróglifos). Registravam acontecimentos, datas, contagem de impostos e colheitas, guerras e outros dados importantes.
Desenvolveram muito a matemática, com destaque para a invenção das casas decimais e o valor zero.

Inca
Os incas viveram na região da Cordilheira dos Andes (América do Sul ) nos atuais Peru, Bolívia, Chile e Equador. Fundaram no século XIII a capital do império: a cidade sagrada de Cusco. Foram dominados pelos espanhóis em 1532.
O imperador, conhecido por Sapa Inca era considerado um deus na Terra. A sociedade era hierarquizada e formada por: nobres (governantes, chefes militares, juízes e sacerdotes), camada média ( funcionários públicos e trabalhadores especializados) e classe mais baixa (artesãos e os camponeses). Esta última camada pagava altos tributos ao rei  em mercadorias ou com trabalhos em obras públicas. 
Na arquitetura, desenvolveram várias construções com enormes blocos de  pedras encaixadas, como templos, casas e palácios. A cidade de Machu Picchu foi descoberta somente em 1911 e revelou toda a eficiente estrutura urbana desta sociedade. A agricultura era extremamente desenvolvida, pois plantavam nos chamados terraços (degraus formados nas costas das montanhas). Plantavam e colhiam feijão, milho (alimento sagrado) e batata. Construíram canais de irrigação, desviando o curso dos rios para as aldeias. A arte destacou-se pela qualidade dos objetos de ouro, prata, tecidos e jóias. 
Domesticaram a lhama (animal da família do camelo) e utilizaram como meio de transporte, além de retirar a lã , carne e leite deste animal. Além da lhama, alpacas e vicunhas também eram criadas.
A religião tinha como principal deus o Sol (deus Inti). Porém, cultuavam também animais considerados sagrados como o condor e o jaguar. Acreditavam num criador antepassado chamado Viracocha (criador de tudo).
Criaram um interessante e eficiente sistema de contagem : o quipo. Este era um instrumento feito de cordões coloridos, onde cada cor representava a contagem de algo. Com o quipo, registravam e somavam as colheitas, habitantes e impostos. Mesmo com todo desenvolvimento, este povo não desenvolveu um sistema de escrita. 

Fontes:

domingo, 24 de julho de 2011

Fenícios, Hebreus e Persas

Galerinha, nova postagem!!! Agora sobre as três antigas civilizações do Oriente. Um povo diferente, com costumes e culturas bastante peculiares.
Então vamos lá!!!Já que " um povo sem História é um povo sem memória"...

# FENÍCIUS: Os filhos do mar #


Os fenícios localizavam-se em uma região estreita, entre o Mar Mediterrâneo e as Montanhas do Líbano. Pelo fato de as terras fenícias serem inférteis e haver poucos alimentos os Fenícios desenvolveram a navegação marítima e o comércio com as principais cidades fenícias da antiguidade.
A fenícia era formada por cidades-estados com governo independentes, as principais foram Biblos, Sidon e Tiro.
A Sociedade Fenícia estava dividida em três classes, no ponto mais alto vinha os ricos, que eram grandes comerciantes donos de oficinas marítimas e escravos, logo abaixo vinham os pequenos empresários e trabalhadores livres e por ultimo os marinheiros, pobres e escravos.
A principal atividade econômica dos fenícios era o comércio marítimo, até por que foram eles que desenvolveram a arte de navegação a longa distância, eles exportavam os produtos de suas oficinas como metalúrgicas, tinturas e tecidos, os Fenícios fundaram diversas colônias, como Chipres, Silicia, Sardenha, Sul da Espanha e Cartago.
Os Fenícios também fizeram uma grande contribuição cultural que foi o Alfabeto Fenício com 22 letras e foi criado para facilitar a escrita das operações comerciais.

#HEBREUS: O povo escolhido#
Também chamamos os Hebreus de Judeus ou Israelitas, eles localizavam-se e UR na mesopotâmia e se fixaram por volta de 2000 A.C na Palestina, pequena faixa de terra que estende-se pelo vale do Rio Jordão.

A Evolução Política dos Hebreu se dividi em três partes.
  • Governo dos Patriarcas
  • Governo dos Juízes
  • Governo dos Reis
Governo dos Patriarcas
Entre os principais patriarcas estavam Abraão, Israel, Moises e Josué. Por volta de 1730 A.C, uma terrível seca chegou a palestina, trazendo fome e tragédia, com isso os hebreus foram obrigados a deixar a região onde viverão por 400 anos, antes de serem perseguidos pelos faraós. Em 1250 A.C, Moises tirou os hebreus do Egito e os conduziu até as suas terras de origens, essa saída foi chamada de êxodo.
Governo dos Juízes
Nesse período os hebreus tiveram que lutar por quase dois séculos contra os Filisteus para conseguirem reconquistar a palestina, os Juízes eram chefes políticos e religiosos
Governo dos Reis
Nesse período houve a centralização do poder para que assim fosse acabado com os problemas sociais e as lutas, o primeiro rei foi Saul.
Após as sucessivas dominações dos Persas, Macedônios e Romanos em 70 D.C os hebreus se espalharam pelo mundo, quando o imperador Tito sufocou uma revolução na palestina e destruiu o segundo templo de Jerusalém. Somente em 1948 que os Judeus conseguiram a fundação do Estado de Israel, mais essa é uma questão que iremos retratar em outra ocasião…
Os hebreus de nômades passaram a ser sedentários, quando eles eram nômades eles dedicavam-se a criação de cabras e ovelhas e todos os bens e o que eram produzidos pertenciam a comunidade, quando eles se estabeleceram na Palestina, eles deixaram de ser nômades e passaram a ser sedentários e desenvolveram a agricultura, houve o surgimento do comércio, das propriedades privadas, das classes sociais e a exploração de uma pessoa pela outra.
A religião representa a principal contribuição dos hebreus para o mundo ocidental, ela é monoteísta, a doutrina hebraica encontra-se no Pentateuco, conjunto de cinco livros chamados Tora. O nome de Deus judaico é JHVH, mais podemos nos referir a ele dizendo Iahweh.

#PERSAS: Povo guerreiro#
Os persas localizavam-se onde hoje é o Irã. A partir do segundo milênio antes de cristo, diversas tribos indo-européias invadiram e conquistaram o Irã, entre essas tribos estavam os Medos e os Persas. Ciro foi o fundador do Império Persa que se tornou um dos maiores da antiguidade.
Evolução Política Persa
Foi durante o reinado de Dario I que o Império Persa atingiu seu esplendor, para cuidar de seus domínios, Dario criou uma organização administrativa em que o império era dividido em varias províncias denominado satrapias, cada satrapia ficava no comando de um administrador local denominado satrapa, os persas desenvolveram os transportes e as comunicações para que assim fosse mantida a unidade do império, eles criaram estradas, correios e adotaram a língua aramaica em todos os documentos oficiais.
Os Persas tratavam os povos vencidos com menos crueldades do que os Assírios, mais um fato que chama a atenção é que os Persas respeitavam as culturas e costumes dos povos vencidos.
Evolução Econômica
A economia persa era baseada na agricultura e na criação de gado, a maioria da população era trabalhadora das terras dos nobres. Com a construção de estradas, desenvolveu-se a produção artesanal e o comércio, para isso Dario mandou que fossem feitas moedas de ouro.
Religião Persa
A religião persa era politeísta e se chamava Zaratustra, tinha algumas doutrinas, iremos destacar as principais:
  • Luta entre o bem e o mal representado por espíritos bons em maus.
  • O Deus supremo do bem é ORMUZ é o criador de todo o bem, do céu da terra, do amor, da caridade, etc. Já o deus supremo do mau é ARIMÃ criador de todo o mal, como doenças, tragédias, acidentes, etc.
A doutrina dessa religião está no livro sagrado Zend-Austa e seus seguidores ficaram conhecidos como adoradores do fogo.
O declínio Persa
Mesmo com toda a organização do império, não houve como controlar esse gigantesco império, vários foram os motivos determinantes para esses declínio, primeiro que os povos dominados viviam se rebelando e outra que as duas tentativas de invasão da Grécia não foram bem sucedidas! Em 331 A.C os gregos e macedônios invadiram o Império Persa e o destruíram.

Referências:

CANTELE, Bruna Renata. História dinâmica antiga e medieval7ª série. São Paulo: IBEP, 1989?. 207 p. 4 vol. vol. 
www.enciclopedia.com.pt




Pessoal, espero que vocês tenham gostado... Bjos e até mais!!!

O Egito Antigo

    As origens da civilização egípcia datam de 4.000 anos a.C. A população começou a se concentrar no vale do rio Nilo, formando as primeiras aldeias (nomos), que mais tarde evoluíram para prósperas cidades agrícolas e depois se uniram formando o Alto Egito (ao sul) e o Baixo Egito (ao norte). O Egito sempre dependeu do Nilo para sua formação e seu desenvolvimento. Seus habitantes travavam uma luta constante para controlar as inundações periódicas desse rio, graças ao qual obtinham também grandes colheitas. Por volta de 3200 a.C., o rei Menés (ou Narmer), do Alto Egito, conquistou as cidades do Baixo Egito, unificando todo o império. Floresceu então a cultura egípcia, que deixou como legado grandes invenções, como a moeda, o calendário agrícola, o arado, a escrita hieroglífica e a fabricação do papiro. Seu esplendor manifestou-se em gigantescos templos e pirâmides e revelou-se na filosofia, na arte e nas ciências.

O Rio Nilo
    O Egito da Antigüidade dividia-se em duas terras: o Alto Egito, que corresponde ao sul do país, e Baixo Egito, a região do Delta do Nilo. Em cada porção o povo vivia de um modo distinto, até porque o clima entre norte e sul era diferente. Portanto, o tipo de produtos cultivados também diferia.
Ao logo da história egípcia, porém, o povo sempre falou a mesma língua, compar- tilhou uma mesma visão do mundo, uma mesma estrutura institucional, entre outras coisas. Eles cultivavam a idéia de superioridade perante outros povos e lutavam para manter seus costumes e valores.
    A melhor explicação para a importância do rio Nilo para os egípcios está escrita no hino, desenvolvido por eles ainda na Antigüidade e também na célebre frase do filósofo e historiador grego Heródoto:
"Salve, ó Nilo! Ó tu que manifestaste sobre esta terra e vens em paz para dar vida ao Egito. Regas a terra em toda a parte, deus dos grãos, senhor dos peixes, criador do trigo, produtor da cevada... Ele traz as provisões deliciosas, cria todas as coisas boas, é o senhor das nutrições agradáveis e escolhidas. Ele produz a forragem para os animais, provê os sacrifícios para todos os deuses. Ele se apodera de dois países e os celeiros se enchem, os entrepostos regurgitam, os bens dos pobres se multiplicam; torna feliz cada um conforme seu desejo... Não se esculpem pedras nem estátuas em tua honra, nem se conhece o lugar onde ele está. Entretanto, governas como um rei cujos decretos estão estabelecidos pela terra inteira, por quem são bebidas as lágrimas de todos os olhos e que é pródigo de tuas bondades."
"O Egito é uma dádiva do Nilo."
    Em síntese, pode-se dizer que a vida só se tornou possível nas terras do Egito por causa do grande rio Nilo. Anualmente, de junho a novembro, chovia nas nascentes deste, o que provocava inundações e o aumento do nível da água. Neste período as cheias arrastavam tudo que estivesse às margens e, consequentemente, impedia a agricultura.
No entanto, quando as águas voltavam ao nível normal, uma grossa camada de limo fertilizante (húmus) era deixada sobre a terra, propiciando o cultivo de todos os tipos de cereais, frutas e outras culturas. Desse modo, povos que antes foram nômades logo se fixaram no vale do Nilo, originando a próspera civilização egípcia

O Templo
    Era uma construção monumental destinada ao culto dos deuses. Ali também prestavam-se homenagens aos faraós, destacando seu poder sobrenatural. Seu intuito era impressionar o povo e, assim, dominá-lo. Com suas muralhas, o templo separava o mundo celestial do mundo terreno, convertendo o faraó em intermediário entre o povo e os deuses. No templo, os valores religiosos e os administrativos eram unidos. Com o tempo, os sacerdotes adquiriram um grande destaque econômico e político.

Elementos Arquitetônicos
    Nos templos egípcios havia um esquema básico sempre repetido: uma avenida externa de esfinges conduzia à porta principal. Depois desta, havia um grande pátio que dava acesso à sala hipostila. Vinha, então, a sala dos sacerdotes. Atrás de um segundo pátio localizava-se o santuário, onde ficava a imagem da divindade. A essa sala só tinham acesso o faraó e o sumo sacerdote. Uma muralha rodeava todo o conjunto, isolando-o do exterior.

Atividades
    No templo, o faraó e os sacerdotes rendiam culto aos deuses. Para cuidar dos deuses, os sacerdotes varriam e lavavam o santuário. A imagem da divindade era retirada e a ela se ofereciam comida e roupas; depois disso, era recolocada no lugar. Além disso, o templo era uma grande unidade econômica: controlava a atividade econômica da cidade, mobilizando grande número de funcionários e outros trabalhadores. Em seu interior, havia escolas, oficinas e armazéns.

A Mumificação
    A preocupação com a vida após a morte constitui característica essencial da cultura egípcia antiga, e refletiu-se na adoção de práticas funerárias bastante incomuns, como a mumificação - tida como a garantia da existência eterna. Conforme demonstram claramente muitos registros, os antigos egípcios sabiam que o corpo físico jamais iria renascer. Mas as partes etéreas que formavam um ser humano, como o Ká - comumente traduzido por “espírito” - precisavam se identificar por completo com o corpo ao qual pertenciam. Logo, este deveria ser preservado. A destruição do corpo acarretava a destruição das partes espirituais e, consequentemente, a perda da vida eterna. O costume foi relacionado ao culto do deus Osíris, a divindade mais popular nos tempos faraônicos, senhor do além-túmulo. 
    As múmias mais antigas datam do Período Pré-Dinastico, anterior a 3000 a.C.: tratam-se na verdade de corpos preservados naturalmente na areia quente e seca do deserto onde eram sepultados. A idéia de se conservar os corpos dos mortos passou a fazer parte das crenças religiosas, e então, já nas primeiras dinastias (2920-2649 a.C.) buscava-se um método artificial de preservação, porém ainda ineficaz. No Antigo Reino (2649-2152 a.C.) e no Médio Reino (2040-1783 a.C.) aprimoraram-se as técnicas. O processo mais avançado, resultando em melhor preservação, foi atingido no final do Novo Reino (1550-1070 a.C.) e durante a 21ª dinastia (1070-945 a.C.; início do chamado Terceiro Período Intermediário). A partir daí as técnicas se tornaram cada vez mais obsoletas, e no século II d.C. - já no período romano - a mumificação, embora ainda praticada, estava longe de apresentar os resultados de outrora. Nesse tempo o costume já começava a ser abandonado dado ao alastramento do Cristianismo - religião com propostas totalmente diferentes em relação à vida após a morte. Inicialmente a preservação era realizada apenas nos corpos de membros da realeza e classes mais elevadas, mas com o transcorrer da história egípcia a prática tornou-se muito mais popularizada. De qualquer forma, o processo exigia certos recursos que o limitavam aos mais abastados.
    Embora a prática da mumificação fosse amplamente difundida, os antigos egípcios não deixaram relatos concretos sobre ela. Não foi encontrado até hoje nenhum papiro que trouxesse orientações sobre as várias etapas do processo - para muitos egiptólogos é improvável que algum seja encontrado, ou que tenha sequer existido. Os registros iconográficos também pouco revelam: cenas em algumas tumbas tratam somente dos enfaixamentos finais do corpo, tema de que também trata um texto conhecido por “Ritual do Embalsamamento”. Isso leva a crer que os egípcios consideravam-na muito sagrada para ser documentada - seja em escritos ou em representações. O conhecimento do processo era passado em vias de tradição oral. Existe, porém, o relato de Heródoto, viajante grego que esteve no Egito no ano 450 a.C. e descreveu como era feita a mumificação no Livro II de sua obra História. Na verdade Heródoto relatou o que sacerdotes lhe informaram, não tendo efetivamente testemunhado o que escreveu. Embora a prática já estivesse em decadência naquela época e alguns detalhes apresentarem-se errôneos ou incompletos, sua descrição tem sido uma das maiores fontes para o estudo da mumificação egípcia antiga.
Interessante lembrar que a palavra múmia não é egípcia. Vem do persa ou árabe mummiah, que significa betume - substância a que se atribuíam poderes curativos. A aparência escura de certos corpos embalsamados do tempo dos faraós sugestionou aos árabes a errônea concepção de que os antigos egípcios usavam betume na preservação dos cadáveres. Sendo uma substância bastante procurada devido ao seu emprego medicinal, as múmias egípcias tornaram-se na Idade Média uma fonte segura de obtenção daquele produto, movimentando um precioso comércio, envolvendo Alexandria e o Cairo aos mercadores da Europa Ocidental que vinham em busca das famosas especiarias. Isso provocou incansáveis saques aos sepulcros dos tempos faraônicos. Corpos eram retirados das antigas tumbas e divididos em pequenos pedaços, embalados para a venda como medicamento. Seja como chá ou composta em pomada, acreditava-se na época que múmia curava uma infinidade de doenças! Em egípcio antigo, a palavra que designava um corpo preservado e envolvido em bandagens era wi. A mumificação era chamada de wet - enfaixar - ou então senefer - revigorar - termo esse que deixa claro um dos propósitos da prática.
    Apesar dessa preocupação evidente com a preservação dos corpos, os antigos egípcios, ao contrário do que comumente se pensa, jamais foram obcecados pela idéia da morte e do além-túmulo. Amavam a vida terrena acima de tudo, e achavam que nada valia em troca dela. A morte era vista como uma passagem para a outra vida, onde se levaria uma existência semelhante à da terra. Era para esta nova existência que deveria ser feita uma cuidadosa preparação - incluindo a mumificação - o que permitiria à alma um desfrute pleno e eterno da felicidade que lhe aguardava no além.

A Sociedade Egípcia
    No Egito, a sociedade se dividia em algumas camadas, cada uma com suas funções bem definidas. Nessa sociedade, a mulher tinha grande prestígio e autoridade.

O Faraó
    No topo da pirâmide vem o faraó, com poderes ilimitados. Isso porque ele era visto como pessoa sagrada, divina, e aceito como filho de deus ou como o próprio deus. É o que se chama de governo teocrático, isto é, governo em nome de deus. O faraó era um rei todo-poderoso, proprietário do país inteiro. Os campos, os desertos, as minas, os rios, os canais, os homens, as mulheres, o gado e todos os animais - tudo lhe pertencia. Ele era ao mesmo tempo rei, juiz, sacerdote, tesoureiro, general. Era ele que decidia e dirigia tudo, mas, não podendo estar em todos os lugares, distribuía encargos para centenas de funcionários que o auxiliavam na administração do Egito. A sagrada figura do faraó era elemento básico para a unidade de todo o Egito. O povo via no faraó a sua própria sobrevivência e a esperança de sua felicidade.

Os Escravos
    Os escravos eram, na maioria, capturados entre os vencidos nas guerras. Foram duramente forçados ao trabalho nas grandes construções, como as pirâmides, por exemplo.

 Referências Bibliográficas:
ºALDRED, Cyril. Os egípcios. Lisboa: Editorial Verbo, 1966.
° ANDREWS, Carol. Egyptian mummies. London: British Museum Publications, 1984.
° BAKOS, Margaret Marchiori. Fatos e mitos do antigo Egito. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1994.
° BUDGE, Sir Ernest Alfred Thompson Wallis. The Mummy: Chapters on Egyptian Funereal Archaeology. New York: Collier- Macmillan, 1973.
° Osiris and the Egyptian ressurrection. New York: Dover Publicatons inc., 2 ed., 1973, 2 Vol.
° CARDOSO, Ciro Flamarion Santana. O Egito antigo. São Paulo: Ed. Brasiliense, 3 ed., 1982, Coleção Primeiros Passos.
° CARTER, Howard & MACE, Arthur C. A descoberta da tumba de Tut-ankh-Amon. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1991. 




Processo de Colonização do Continente Americano

 Queridos alunos, segue aí uma nova postagens para que possa vir a ajuda-los durante a realização das atividades de pesquisas.Portanto,boa pesquisa.
Turmas: 2MA,2MB,2MC e 2MD do Instituto Educacional da Paraiba- IEP



Um pouco sobre colonização 

    Colonização é o ato de colonizar, ou seja, quando pessoas de um determinado país ou região vão para uma outra região (desabitada ou com nativos) para habitar ou explorar. No processo de colonização, ocorre a influência ou transferência cultural dos colonizadores para os colonizados e vice-versa.
     Existem dois tipos de colonização: de exploração e de povoamento. No Brasil, por exemplo, a de exploração foi a que predominou, pois os portugueses vieram para o nosso país, a partir de 1500, para retirar recursos naturais e minerais (pau-brasil, ouro, diamantes) ou para produzir açúcar, levando o lucro para Portugal.
    Os portugueses não estavam interessados em desenvolver o Brasil. Este mesmo tipo de colonização ocorreu nos países da América que foram colonizados pela Espanha.
    Na colonização de povoamento, os colonizadores buscam desenvolver a região colonizada. Criam leis, organizam, investem em infra-estrutura e lutam por melhorias. Como exemplo, podemos citar a colonização inglesa nos Estados Unidos.
Exemplos de colonização na História:
Colonização Americana: Os Estados Unidos foram colonizados por ingleses. O Canadá foi colonizado pelos ingleses e franceses. O Brasil foi colonizado pelos portugueses. Os países de língua espanhola da América (Argentina, México, Peru, Bolívia, Equador, Venezuela, Uruguai, Paraguai, Colômbia, Chile, entre outros) sofreram colonização espanhola.
Colonização da África: os países africanos foram colonizados pelos europeus (colonização de exploração). Portugal, por exemplo, colonizou Angola, Moçambique e Cabo Verde. A África do Sul foi colonizada pelos ingleses. Marrocos e Argélia foram colonizados pela França.
Colonização da Oceania: tanto Austrália quanto a Nova Zelândia foram colonizadas pela Inglaterra.
Processo Histórico 

    Processo de ocupação territorial, povoamento e exploração comercial do continente americano pelos europeus iniciado logo após o descobrimento da América. Na busca do caminho para as Índias (nome genérico dado ao Oriente), Cristóvão Colombo chega à América em 1492. Dois anos depois, o Tratado de Tordesilhas divide o controle do Novo Mundo entre portugueses e espanhóis. Nos anos seguintes, espanhóis, portugueses, franceses, ingleses e holandeses disputam o domínio do novo continente e sua exploração nos moldes do mercantilismo europeu.
    De maneira geral, as colônias européias na América dividem-se em colônias de exploração e de povoamento. As primeiras caracterizam-se pela grande propriedade, pela monocultura e pelo trabalho escravo. Especializam-se na produção de metais preciosos e gêneros agrícolas para abastecer o mercado europeu, como é o caso da colonização espanhola e portuguesa e da inglesa no sul dos EUA. No segundo tipo de colônia predominam a pequena propriedade, a policultura e a mão-de-obra familiar. A produção destina-se ao mercado interno. Um exemplo é a colonização inglesa na região conhecida como Nova Inglaterra, nos EUA.
    Colonização espanhola Inicia-se com a conquista das ilhas do Caribe no final do século XV e começo do XVI. Com o contato dos espanhóis com as civilizações pré-colombianas, as populações nativas são praticamente exterminadas por causa das guerras, das doenças e da exploração de mão-de-obra. O processo é semelhante em todo o continente. No México, os astecas são arrasados em 1519. No Peru, a conquista e a destruição do Império Inca começam em 1532.
    A exploração das minas de metais preciosos é a principal atividade econômica das colônias espanholas. Sistemas de trabalho forçado garantem a utilização de mão-de-obra indígena. Por meio do repartimiento, a terra é dividida entre os colonos, e, pela encomienda, é entregue a eles certo número de índios. Na região andina, pelo sistema da mita uma parcela da população das comunidades indígenas é deslocada temporariamente para o trabalho compulsório nas atividades mineradoras.
    A Casa de Contratação, criada em Sevilha em 1503, detém o monopólio das mercadorias comercializadas entre a Espanha e a América. A administração dos territórios é distribuída entre os quatro vice-reinados (Nova Espanha, Nova Granada, Peru e Rio da Prata) e as três capitanias gerais (Cuba, Guatemala e Venezuela). A fragmentação após o processo de independência da América Espanhola dá origem às atuais nações.

Colonização portuguesa
Com o declínio do comércio na Ásia, Portugal passa a ocupar definitivamente o território brasileiro, com a implantação das capitanias hereditárias e a instalação de sesmarias. A partir do século XVII, a pecuária, a mineração e as atividades missionárias expandem a ocupação para o interior.

Colonização inglesa
    Começa em 1607 com a Colonização da América do Norte. O povoamento ocorre por meio de colônias pertencentes à realeza ou territórios concedidos pela Coroa à iniciativa particular. No século XVII já estavam formadas as 13 colônias da Nova Inglaterra. Pequenos e médios proprietários, refugiados políticos e religiosos (protestantes calvinistas) instalam-se ao norte (Massachusetts, New Hampshire, Rhode Island e Connecticut) e ao centro (Pensilvânia, Nova York, Nova Jersey e Delaware). Formam pequenas propriedades baseadas no trabalho livre e no artesanato.
    Certa atividade industrial é tolerada no centro-norte por não competir com o comércio da metrópole. A região cresce economicamente e passa a escoar o excedente da produção para os mercados do sul.
Mais tarde cria-se o comércio triangular: comerciantes da Nova Inglaterra fabricam o rum para ser trocado por escravos na África, que são vendidos no Caribe e nas colônias do sul. Nos territórios sulistas (Virginia, Maryland, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Georgia) implanta-se a monocultura algodoeira, destinada à exportação.
    Desenvolve-se uma sociedade baseada no trabalho de escravos africanos e forma-se uma camada de ricos proprietários de terras e grandes comerciantes exportadores. Apesar de submetidas ao controle da Inglaterra, as 13 colônias instituem uma tradição de autogoverno, que será fundamental na luta pela independência dos Estados Unidos.

Colonização francesa
    Os franceses instalam-se na América do Norte, nas regiões do rio São Lourenço e dos Grandes Lagos. Formam as colônias de Terranova, Nova Escócia e Nova França (Canadá) a partir de 1603. Québec é fundada em 1608 e Montreal, em 1643. A partir de 1682 vão para o vale do Mississippi (Louisiana) e fundam Nova Orleans. Para manter o controle das colônias, a Coroa francesa utiliza-se de autoridades locais. O povoamento é pequeno, e as colônias acabam servindo apenas como postos comerciais e estratégicos.
Fonte: www.geocities.yahoo.com.br


domingo, 13 de março de 2011

Breve Resumo sobre o "Renascimento Comercial e Urbano na Idade Média"

   
Renascimento Urbano e Comercial
    Quando retornavam das cruzadas, muito cavaleiros saqueavam cidades no oriente. O material proveniente destes saques (jóias, tecidos, temperos, etc) eram comercializados no caminho. Foi neste contexto que surgiram as rotas comerciais e as feiras medievais. A saída dos muçulmanos do mar Mediterrâneo também favoreceu o renascimento comercial. 
    Foi neste contexto que começou a surgir uma nova camada social: a burguesia. Dedicados ao comércio, os burgueses enriqueceram e dinamizaram a economia no final da Idade Média. Esta nova camada social necessitava de segurança e buscou construir habitações protegidas por muros. Surgia assim os burgos que, com o passar do tempo, deram origem a várias cidades (renascimento urbano).
    As cidades passaram a significar maiores oportunidades de trabalho. Muitos habitantes da zona rural passaram a deixar o campo para buscar melhores condições de vida nas cidades européias (êxodo rural). Com a diminuição dos trabalhadores rurais, os senhores feudais tiveram que mexer nas obrigações dos servos, amenizando os impostos e taxas. Em alguns feudos, chegaram a oferecer pequenas remunerações para os servos. Estas mudanças significaram uma transformação nas relações de trabalho no campo, desintegrando o sistema feudal de produção.
    Com o aquecimento do comércio surgiram também novas atividades como, por exemplo, os cambistas (trocavam moedas) e os banqueiros (guardavam dinheiro, faziam empréstimos, etc). 
  Estes novos componentes sociais (burgueses, cambistas, banqueiros, etc) passaram a começar a se preocupar com a aquisição de conhecimentos. Este fato fez surgir, nos séculos XII e XIII, várias universidades na Europa. Estas instituições de ensino dedicavam-se ao aos conhecimentos matemáticos, teológicos, medicinais e jurídicos.