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domingo, 13 de março de 2011

Breve Resumo sobre o "Renascimento Comercial e Urbano na Idade Média"

   
Renascimento Urbano e Comercial
    Quando retornavam das cruzadas, muito cavaleiros saqueavam cidades no oriente. O material proveniente destes saques (jóias, tecidos, temperos, etc) eram comercializados no caminho. Foi neste contexto que surgiram as rotas comerciais e as feiras medievais. A saída dos muçulmanos do mar Mediterrâneo também favoreceu o renascimento comercial. 
    Foi neste contexto que começou a surgir uma nova camada social: a burguesia. Dedicados ao comércio, os burgueses enriqueceram e dinamizaram a economia no final da Idade Média. Esta nova camada social necessitava de segurança e buscou construir habitações protegidas por muros. Surgia assim os burgos que, com o passar do tempo, deram origem a várias cidades (renascimento urbano).
    As cidades passaram a significar maiores oportunidades de trabalho. Muitos habitantes da zona rural passaram a deixar o campo para buscar melhores condições de vida nas cidades européias (êxodo rural). Com a diminuição dos trabalhadores rurais, os senhores feudais tiveram que mexer nas obrigações dos servos, amenizando os impostos e taxas. Em alguns feudos, chegaram a oferecer pequenas remunerações para os servos. Estas mudanças significaram uma transformação nas relações de trabalho no campo, desintegrando o sistema feudal de produção.
    Com o aquecimento do comércio surgiram também novas atividades como, por exemplo, os cambistas (trocavam moedas) e os banqueiros (guardavam dinheiro, faziam empréstimos, etc). 
  Estes novos componentes sociais (burgueses, cambistas, banqueiros, etc) passaram a começar a se preocupar com a aquisição de conhecimentos. Este fato fez surgir, nos séculos XII e XIII, várias universidades na Europa. Estas instituições de ensino dedicavam-se ao aos conhecimentos matemáticos, teológicos, medicinais e jurídicos. 



segunda-feira, 7 de março de 2011

Como surgiu o CARNAVAL?

O carnaval é uma festa popular que já se tornou marca característica do Brasil.
Pessoal, agora convenhamos!!! Quem aqui nunca se perguntou como surgiu o carnaval?
Como sou muito curiosa, procure investigar.
Encontre artigos interessantíssimos sobre o tema. Tentei
postar só as coisas mais relevantes. Segue aí... espero que vocês gostem!!!


ORIGEM DO CARNAVAL

Dez mil anos antes de Cristo, homens, mulheres e crianças se reuniam no verão com os rostos mascarados e os corpos pintados para espantar os demônios da má colheita. As origens do carnaval têm sido buscadas nas mais antigas celebrações da humanidade, tais como as Festas Egípcias que homenageavam a deusa Isis e ao Touro Apis.
Os gregos festejavam com grandiosidade nas Festas Lupercais e Saturnais a celebração da volta da primavera, que simbolizava o Renascer da Natureza. Mas num ponto todos concordavam, as grandes festas como o carnaval estão associadas a fenômenos astronômicos e a ciclos naturais.
Carnaval, festa pagã 


Com o advento da Era Cristã, a Igreja começou a tentar conter os excessos do povo nestas festas pagãs. Uma solução foi à inclusão do período momesco no calendário religioso. Antecedendo a Quaresma, o Carnaval ficou sendo uma festa que termina em penitência na quarta feira de cinzas. Os cristãos costumavam iniciar as comemorações do Carnaval na época de Natal, Ano Novo e festa de Reis. Mas estas se acentuavam no período que antecedia a Terça-feira Gorda, chamada assim porque era o último dia em que os cristãos comiam carne antes do jejum da quaresma, no qual também havia, tradicionalmente, a abstinência de sexo e até mesmo das diversões, como circo, teatro ou festas.

Mas por que o carnaval não tem uma data Fixa?

De acordo com o calendário gregoriano, utilizado oficialmente na maior parte do mundo, o Carnaval é uma festa móvel porque é indicado pelo domingo de Páscoa, também uma data comemorativa móvel para que não coincida com a páscoa dos judeus. Para saber em que dia cairá as duas festas, determina-se primeiro o equinócio da Primavera (no Brasil é Outono). Não se pode esquecer que o calendário segue as estações do ano de acordo com o hemisfério norte, onde foi criado. O primeiro domingo após a lua cheia posterior ao equinócio da primavera é o domingo de Páscoa. Face a essa regra, o domingo de carnaval cairá sempre no 7º domingo que antecede à Páscoa. A quaresma tem início na quarta feira de cinzas e como o próprio nome diz, tem duração de 40 dias.

Datam dessa época três grandes personagens do Carnaval. A Colombina, o Pierrô e o Arlequim tem origem na Comédia Italiana, companhia de atores que se instalou na França pra difundir a Commedia dell'Arte. O Pierrô é uma figura ingênua, sentimental e romântica. É apaixonado pela Colombina, que era uma caricatura das antigas criadas de quarto, sedutoras e volúveis. Mas ela é a amante de Arlequim, rival do Pierrô, que representa o palhaço farsante e cômico.
Pierrô e a Colômbina
Na Europa um dos principais rituais de Carnaval foi o Entrudo. A palavra vem do latim e significa início, começo, a abertura da Quaresma. Existe desde 590 d.C., quando o carnaval cristão foi oficializado. O povo comemorava comendo e bebendo para compensar o jejum. Mas, aos poucos, o ritual foi se tornando bruto e grosseiro e o máximo de sua violência e falta de respeito aconteceu em Portugal, nos séculos XVII e XVIII. Homens e mulheres atiravam água suja e ovos das janelas dos velhos sobrados e balcões. Nas ruas havia guerra de laranjas podres e restos de comida e se cometia todo tipo de abusos e atrocidades.
 O Carnaval no Brasil

Comemorações carnavalescas  
Por causa das atuais maneiras de se brincar o Carnaval. muita gente pensa que esta festa tem origem na cultura trazida pelos escravos. Mas, ao contrário disso, o carnaval brasileiro se origina no entrudo português e aqui chegou com as primeiras caravelas da colonização. Recebeu também muitas influências das mascaradas italianas e somente no século XX é que recebeu elementos africanos, considerados fundamentais para seu desenvolvimento. Com essa mistura de costumes e tradições tão diferentes, o Carnaval do Brasil é um dos mais famosos do mundo e, todos os anos, atrai milhares de turistas dos cinco continentes.
Mais precisamente, o entrudo desembarcou no Brasil em 1641, na cidade do Rio de Janeiro. Assim como em Portugal, era uma festa cheia de inconveniências da qual participavam tanto os escravos quanto as famílias brancas. Após insistentes intervenções e advertências da Igreja Católica, os banhos de água suja foram sendo substituídos por limões de cheiro, esferas de cera com água perfumada ou água de rosas e bisnagas cheias de vinho, vinagre ou groselha. Esses frascos deram origem ao lança-perfume, bisnaga ou vidro de éter perfumado de origem francesa. Criado em 1885, chegou ao Brasil nos primeiros anos do século XX. Também substituindo as grosserias, vieram então as batalhas de flores e os desfiles em carros alegóricos, de origem européia.
Uma das figuras mais marcantes da festa é a do Rei Momo, inspirada nos bufos, atores portugueses que costumavam representar comédias teatrais para divertir os nobres. Há também o Zé Pereira, tocador de bumbo que apareceu em 1846 e revolucionou o carnaval carioca. Tem origem portuguesa e, tendo sido esquecido no começo do século XX, deixou como sucessores os ritimistas que acompanhavam os blocos dos sujos tocando cuíca, pandeiro, reco-reco e outros instrumentos.
As máscaras e fantasias começaram a ser difundidas aqui ainda na primeira metade do século XIX. O primeiro baile de máscaras do Brasil foi realizado pelo Hotel Itália, no Largo do Rocio, RJ. A idéia logo virou um hábito e contagiou a cidade. Mas, apesar de ser uma maneira sadia e alegre de se brincar o carnaval, contribuiu para marcar as já gritantes diferenças sociais que aqui sempre existiram. O carnaval dos salões veio para agradar a elite e a classe emergente do país, o povo ficava do lado de fora, nas festas de rua ao ar livre. E mesmo com o grande sucesso dos bailes de salão, foi na esfera popular que o carnaval adquiriu formas genuinamente autênticas e brasileiras.
Um dos itens mais importantes do carnaval brasileiro também obedece à evolução histórica. Na falta de um gênero próprio de música carnavalesca, inicialmente as brincadeiras eram acompanhadas pela Polca. Depois o ritmo passou a ser ditado pelas quadrilhas, valsas, tangos, charleston e maxixe, sempre em versão instrumental. Somente em 1880 as versões cantadas - entoadas por coros - invadiram os bailes. A primeira música feita exclusivamente para o carnaval foi uma marchinha, "Ó abre alas", composta para o cordão Rosa de Ouro pela maestrina Chiquinha Gonzaga em 1899 e inspirada pela cadência rítmica dos ranchos e cordões. Desde então este gênero, que rapidamente caiu no gosto popular, passou a animar os carnavais cariocas. Elas sobreviveram por um longo tempo, mas foram substituídas pelo samba, que na década de 60 passou a ocupar definitivamente o lugar das velhas marchinhas populares de carnaval nas rádios, nas gravadoras de discos e na recente televisão.

Curiosidade:

Origem da palavra Carnaval

Estudiosos divergem quanto a origem do termo Carnaval. Para uns, a palavra vem de CARRUM NAVALIS, os carros navais que faziam a abertura das Dionisías Gregas nos séculos VII e VI a.C. Uma outra versão é a de que a palavra Carnaval surgiu quando Gregório I, o Grande, em 590 d.C. transferiu o início da Quaresma para quarta-feira, antes do sexto domingo que precede a Páscoa. Ao sétimo domingo, denominado de "qüinquagésima" deu o título de "dominica ad carne levandas", expressão que teria sucessivamente se abreviado para "carne levandas", "carne levale", "carne levamen", "carneval" e "carnaval", todas variantes de dialetos italianos (milanês, siciliano, calabres, etc..) e que significam ação de tirar , quer dizer: "tirar a carne" A terça-feira. (mardi-grass), seria legitimamente a noite do carnaval. Seria, em última análise, a permissão de se comer carne antes dos 40 dias de jejum da Quaresma.
  
Fontes:


Bibliografia:

QUEIRÓS, Maria Isaura Pereira. "Carnaval Brasileiro - O vivido e o mito" - Brasiliense, 1992, p.p.11 e 30.
TINHORÃO, José Ramos in "Pequena história da música popular - Da modinha à lambada". Art, 1991, p.111.
SEVERIANO, Jairo. "Yes, nós temos Braguinha". Funarte/Martins Fontes, 1987, p.90











sexta-feira, 4 de março de 2011

Um Pouco da minha cidade natal "Parelhas-RN"

                   Parelhas RN





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                                             Vista parcial da Serra do Boqueirão_ Fim de tarde
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Pelo seu charme sofisticado, a cidade de Parelhas é conhecida como a “Paris Seridoense”, onde uma constante atmosfera sertaneja encanta os visitantes. Depois de Acari, seguindo a BR 427, contornando a Serra da Rajada, a estrada segue em direção à Parelhas. Distante 240 de Natal, a cidade nasceu ao pé da Serra do Boqueirão, beirando a fronteira com a Paraíba e às margens do Rio Seridó.

Os primeiros habitantes da região foram os valentes Canindés, dizimados pelos colonizadores portugueses, que tinham como aliado os índios Janduís. A resistência dos Canindés forçou uma batalha sangrenta, chamada “Guerra dos Bárbaros”, entre os índios potiguares contra vários destacamentos armados da Coroa portuguesa, comandada pelo bandeirante Fernando Jorge Velho.

Com o objetivo de pacificar os indígenas da região Seridó, somente em 1690, tropas lideradas por Afonso Albuquerque Maranhão conseguiram derrotar o Chefe da tribo Canindés e aprisionar mais de mil guerreiros. Após a derrota, os índios sobreviventes foram conduzidos para o litoral para trabalho escravo.

Com a tranqüilidade restaurada, os primeiros fazendeiros chegaram e se instalaram às margens do Rio Seridó, atraídos pela qualidade das terras propícias à agricultura e à criação de gado. O Tenente Francisco Fernandes de Souza, que chegou à região nos idos de 1700, é considerado o mais antigo entre os pioneiros moradores do território parelhense.

Por volta de 1850, a Fazenda Boqueirão, de propriedade do Sr. Félix Gomes Pereira, era considerada porto seguro para os vaqueiros descansarem, antes de continuar tangendo gados vindos da Paraíba, que passavam em procissão para a feira de Conceição do Azevedo (hoje, Jardim do Seridó).

Havia uma vereda às margens do Rio Seridó, nos caminhos entre a Fazenda Boqueirão e a feira de Conceição, onde os vaqueiros e boiadeiros costumavam experimentar a velocidade das montarias, correndo lado a lado, pegando parelha nos seus cavalos ligeiros, dando origem ao nome do lugar.

Até hoje, Parelhas mantém a tradição sertaneja em dias de feira-livre, quando os habitantes dos sítios vêm à cidade e apostam corridas em parelhas, cavalgando pelas estradas do Boqueirão, num verdadeiro hipódromo a céu aberto, onde se exibem os mais afamados cavalos e cavaleiros da redondeza.

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Freguesia de São Sebastião
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As parelhas de vaqueiros, que deu nome a cidade.

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O padroeiro é São Sebastião, cuja igreja foi erguida em homenagem a uma benção alcançada pelos moradores do lugar. Liderados por Sebastião Gomes, a promessa foi feita ao santo para que o povoado ficasse livre de uma terrível epidemia de cólera. Na periferia da cidade, há um grande cruzeiro para marcar o flagelo sofrido pelos antigos parelhenses.

Desaparecida a peste, a capela foi construída com o surgimento de várias casas ao seu redor. No final do século XIX, o padre Bento Pereira de Maria Barros foi o organizador da primeira feira livre e responsável pelo crescimento populacional de Parelhas, terra de São Sebastião.

A pequena povoação só começou a tomar ares de cidade, a partir de 1920, quando foi elevada a categoria de Vila. Em outubro de 1927, a freguesia de Parelhas desmembrou-se de Jardim do Seridó, tornando-se município. Hoje, Parelhas explora os seus recursos minerais, tendo destaque a produção de turmalina, água-marinha, ametista, entre outras pedras semipreciosas.

Além de sua rica história e fortes tradições sertanejas do seu povo, a cidade desperta para o turismo de aventura, figurando no “Roteiro Seridó” como uma das principais atrações turísticas da região com opções para caminhadas, trilhas para jipeiros, e cavalgadas nas quebradas da Serra do Boqueirão.
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Parelhas dispõe de uma pequena estrutura de hotéis e restaurantes. Mas, o Governo do Estado, através do projeto “Roteiro Seridó”, está incentivando a implantação de pequenas pousadas na casa dos próprios moradores, aproveitando a estrutura e o ambiente familiar com o projeto "Cama, Rede e Café".
Pórtico na entrada da cidade

Aventuras na Serra do Boqueirão

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Numa terra árida e pedregosa, onde a seca predomina a maior parte do ano, brota um roteiro cheio de aventuras e belezas naturais quase intactas, como se por muito tempo os olhos humanos fossem proibidos de apreciar. A majestosa Serra do Boqueirão é um convite para desbravar o desconhecido em busca de adrenalina, enquanto a beleza da região desponta diante de cada curva.
Para chegar ao topo da serra só mesmo num carro com tração nas quatro rodas ou em cima do lombo de um forte burro-mulo. A concentração para as últimas providências e orientações ocorre no pátio da Igreja São Sebastião. Para os desavisados, é indispensável o uso de protetor e bastante água na bagagem para enfrentar o sol abrasador.
Com as bênçãos do santo padroeiro, o grupo corre no encalço dos tabuleiros de mata cerrada, por onde os vaqueiros tangiam a manada de boi para a feira de Jardim do Seridó, no final do século XIII, e costumavam correr com seus cavalos nessa ampla estrada, competindo em parelhas, que num momento lúdico deu origem ao nome do município.
Depois de uma árdua subida através de uma trilha de pedras, enfrentando facheiros e xique-xiques, os aventureiros são recompensados com um dos mais belos visuais do Seridó. No alto da serra, é possível contemplar o açude Boqueirão em toda sua plenitude a perder de vista, um dos maiores reservatórios de água do Estado.
Na descida da serra, cruzando fazendas e propriedades rurais pelo sertão, a tropa descansa à beira do açude, aproveitando o banho nas suas águas frias, enquanto saboreia uma tilápia à moda sertaneja, pescada no próprio açude. No final do dia, o sol desce mansamente mostrando a perfeita silhueta do Boqueirão com a cidade de Parelhas no pé da serra.
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Igreja de São Sebastião. Ao fundo, a serra do Boqueirão.

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Rua Sete, no centro da cidade, abriga casas antigas.

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Casa de Cultura de Parelhas.


Arco ires na ser do Boqueirão

Estrada do Boqueirão e logo ao fundo, a bela Parelhas...


Curtam um pouco da minha cidade...

Visite o site: tvseridó.com.br

Sitio arqueológico no Brasil

A teoria que explica a chegada do homem às Américas consiste no fato de os primeiros homens atingiram o continente através do estreito de Behring oriundos da Sibéria.

Porém, apesar da aceitabilidade de tal teoria, foram descobertos sítios arqueológicos no Brasil que derruba a idéia anterior, isso por que em expedições realizadas foram encontrados vestígios de ocupação humana datado de 50 mil anos, ou seja, 30 mil anos antes daquela descrita do estreito de Behring.

A base para essa constatação foi as pinturas rupestres deixadas em paredes de cavernas e rochas, elas retratavam a vida cotidiana como caça, orgias sexuais, animais, entre outros, por meio desse tipo de gravuras percebe-se que os elementos e paisagens daquele momento se diferenciam dos atuais.

A maior concentração de sítios pré-históricos da América está situada em uma área de 129.140 hectares no Piauí no qual o tipo de vegetação que apresenta é a caatinga.

Com o intuito de preservar um lugar de suma importância para o estudo da arqueologia e outras ciências afins, foi implantado, em 1979, o Parque Nacional da Serra da Capivara dirigido pela Fundação Museu do Homem Americano com parceria do IBAMA. Por conter grandes contribuições para o conhecimento da chegada do homem nas Américas o lugar é reconhecido pela UNESCO como um Patrimônio Mundial da Humanidade.

Dentro do parque existem 260 sítios arqueológicos contendo 30 mil pinturas rupestres, os principais temas dessas, são figuras de homem, animais, plantas e atos sexuais, o último com maior incidência.

Arqueologia em Sousa/ PB



Localização:


O município de Sousa localiza-se no sertão da Paraíba, a aproximadamente 430 km de João Pessoa; o nome é homenagem a Bento Freire de Sousa, que entre 1730 e 1732 ergueu a primeira igreja do local (existente até hoje).

Atualmente, a cidade tem aproximadamente setenta mil habitantes e, por ser de fundação antiga, ostenta prédios históricos e preserva costumes sertanejos e religiosos tradicionais.

Entretanto, Sousa é conhecida principalmente por ser importante sítio arqueológico; uma região de aproximadamente 40 hectares nas cercanias da cidade constitui o Monumento Estadual do Vale dos Dinossauros



Ver Imagem:


Transcorria o ano de 1897. O gado tinha fugido do roçado e o senhor Anísio Fausto da Silva saiu à procura dos animais. Na "passagem das pedras" viu uma trilha de grandes e pequenas pegadas, no leito do rio seco, e imaginou serem rastros de boi e ema. Mas para uma parte da população da pequena cidade de Sousa, ali perto, e das fazendas e municípios vizinhos, no sertão da Paraíba, aquelas pegadas tinham sido deixadas por outros bichos. 
Em 1924, o geólogo mineiro Luciano Jaquis de Morais, que trabalhava na antiga Inspetoria de Obras Contra a Seca, ouviu a historia fantástica e resolveu conhecer as pegadas. Assim que as viu, percebeu que não se tratava de boi, ema ou lobisomem; utilizando uma antiga máquina fotográfica "lambe-lambe", tirou várias fotografias e as enviou para um laboratório de pesquisa na Inglaterra.

A resposta foi surpreendente: os rastros são de dinossauros do período Cretáceo (110 milhões de anos atrás), em perfeito estado de conservação. A partir de então iniciou-se a peregrinação de cientistas americanos ao local. Eles chegaram a recortar duas amostras de pegadas – uma em 1924 e a outra em 1930. Levaram para pesquisa e não devolveram mais (segundo a wikipedia, uma das amostras foi para os Estados Unidos e outra para a França; se fosse realizada hoje, essa remoção de material arqueológico constituiria crime ambiental). 



Aos poucos, as pegadas despertaram também a curiosidade dos brasileiros. Atualmente o sertão da Paraíba é uma das principais regiões de pesquisas sobre os dinossauros do Brasil, com importantes sítios arqueológicos e paleontológicos. Somente na vizinhança de Sousa são 21 sítios, com mais de 330 ocorrências de fósseis, pinturas rupestres e outros vestígios. Alguns locais já entraram nos roteiros oficiais do turismo. 


Fonte: http://www.viagemdeferias.com/joaopessoa/paraiba/sousa.php
              http://pt.wikipedia.org/wiki/Sousa_(Para%C3%ADba)

Pré-História

A Pré-história sempre foi um tema bastante instigante para nós, pois a questão Qual é a nossa origem? nos faz refletir a respeito do surgimento do homem na terra.

Mas, para que essa pergunta encontre respostas, é de fundamental importância conhecermos as hipóteses evolucionistas surgidas há um século e meio e que revolucionaram a partir daí todo o conhecimento produzido posteriormente, inclusive o nosso.

Um dos mais fascinante mistérios da Pré-história é o surgimento do ser humano. Até 1859, apenas livros religiosos, como a Bíblia, davam resposta a esse enigma, naturalmente em sua linguagem simbólica. Nesse ano, o naturalista inglês Charles Darwin publicou seu livro "A origem das espécies", apresentando evidências de que as espécies animais são capazes de modificações gradativas, ou de evolução, através do tempo, de modo que novas espécies possam surgir.

Ele também demonstrou que as modificações são determinadas pela Lei da Seleção Natural, segundo a qual, na acirrada competição que os seres vivos travam pela sobrevivência, prevalecem aqueles que melhor se adaptam ao meio específico em que vivem. Dessa maneira, as características que contribuíram para a sobrevivência de cada espécie são preservadas e transmitidas para as gerações futuras.


  • A origem das espécies

A partir dessas idéias, de observações e de estudos de material fóssil, além de experiências, os cientistas puderam traçar a linha de evolução dos seres vertebrados, afirmando que teriam surgido no mar, de organismos menores. Entre os primeiros vertebrados estariam os peixes, em seguida os anfíbios, e na seqüência, os répteis, as aves e os mamíferos.

Entre os mamíferos, teria aparecido, há cerca de 13 milhões de anos, a ordem dos primatas, que inclui atualmente os macacos e os homens. Para percorrer a distância entre os primatas mais simples, através da seleção natural, e o homem, foram necessários milhões de anos.


  • Períodos da Pré-história humana


Do mesmo modo como a história foi dividida em períodos ou idades (Antiga, Média, Moderna e Contemporânea), os estudiosos realizaram uma periodização da Pré-história, embora esta seja constantemente questionada. A primeira periodização foi formulada pelo dinamarquês Christian Thomsen, num livro publicado em 1836. Segundo ele, a Pré-história se dividida em:


  • idade da Pedra Lascada, 

  • idade da Pedra Polida, 

  • idade do Bronze e 

  • idade do Ferro.

    Essa classificação foi depois substituída pela do inglês John Lubbock, que chamou de Paleolítico e de Neolítico o que, respectivamente, Thomsen denominara idade da Pedra Lascada e idade da Pedra Polida. Lubbock subdividiu, ainda, cada um dos períodos em fases inferior, média e superior.

    Atualmente, as duas classificações em geral são combinadas. Entretanto, os estudos pré-históricos propriamente ditos tendem a considerar mais os dois primeiros períodos, Paleolítico e Neolítico, do que os períodos subseqüentes.

            Arte rupestre


    Pouco se sabe sobre a quantidade populacional no Paleolítico, principalmente em virtude do nomadismo. Calcula-se, por exemplo, que em toda a área da atual Bélgica viviam apenas 400 pessoas. De acordo com sepulturas e esqueletos fossilizados nelas encontrados, imagina-se que a média de idade dos seres humanos no fim do período era de 26 anos.

    No plano artístico, é comum associar-se a arte à religião durante o Paleolítico, embora haja teorias atribuindo ao aumento demográfico o surgimento de tempo ocioso, empregado em pintura e em escultura. De qualquer modo, a arte pré-histórica ou rupestre refletia as preocupações de subsistência, através de representações da caça e da fertilidade (da terra e da mulher).

    quinta-feira, 3 de março de 2011

    História Viva

    Para que serve estudar História?

    Meus caros!


    Acho que todo mundo, pelo menos alguma vez  já se perguntou  logo quando vai começar a estudar história..."Mas pra que estudar História?"


    Eu mesma, quando aluna, já me peguei fazendo essa pergunta. E agora como professora, aí é que me vem essa pergunta, feita pelos meus alunos!!!
    Só tenho uma coisa a dizer, e foi o que aprendi ao longo do tempo: Sei que a "História é uma ciência que estuda o passado da humanidade, para poder compreender melhor o presente". 
    Não é simples?


    Bjos a todos e logo mais vou postar alguns artigos interessantes...

    Vocês se identificam?

    "Todos sabem fazer história - mas só os grandes sabem escrevê-la." (Oscar WIlde)

    O estudo da História como ferramenta para a compreensão do mundo e para a formação do cidadão crítico

    O estudo da História nas escolas, por muito tempo esteve atrelado a simplesmente ler o livro didático, decorar datas e responder questionários infindáveis. No entanto, esse procedimento não é nada cativante, nem um pouco interessante para o aluno e até mesmo para o professor. Isso significa que o processo de ensino-aprendizagem da disciplina de História vem sofrendo modificações na tentativa de tornar essa matéria mais atraente.

    O fato de a História se preocupar com o passado e possuir um caráter documental não significa que ela é uma ciência pronta, acabada. Muito pelo contrário, a História, como sabemos, é dinâmica, viva, está sempre em construção. Não há como mudar o passado, mas há como descobrir coisas referentes ao passado que podem transformar ou modificar as “verdades” do presente.
    É importante nos identificarmos também não apenas como agentes passivos da História, não como meros expectadores e estudiosos dessa ciência. Nosso papel é muito maior do que esse. Nós somos construtores da História, modificadores da sociedade, inventores da realidade, enfim, precisamos nos entender como sujeitos históricos. Nossas ações e, inclusive, nossas omissões têm o poder de construir ou destruir o mundo, mas de uma maneira ou de outra, a História estará sendo feita.

    Portanto, como podemos notar, o estudo histórico nos proporciona o entendimento da nossa realidade e da importância de cada um na construção da História, amplia nossa visão de mundo e nos revela nossa própria identidade. Através dela podemos arquitetar o futuro, para que nele não se cometam os mesmo erros ou equívocos do passado.

    “A memória da humanidade é a História” (RAMOS. 2008, p. 5). Como todos nós fazemos parte da humanidade, inevitavelmente a História tem a ver com cada um de nós e, de alguma maneira ela nos atinge.

    A História não é uma ciência isolada. Ela abrange, ao mesmo tempo em que é tocada, outras ciências, como por exemplo, a Economia (formas de subsistência de cada sociedade; relação comercial entre um povo e outro); a Geografia (palco de todos os acontecimentos históricos); a Antropologia (aspectos gerais de cada povo: religião, arte, trabalho...); a Sociologia (o ser humano vive agrupado, em sociedade); a Filosofia (visões de mundo e questionamentos acerca dos fatos de acordo com cada grupo e época); a Arqueologia (descoberta de materiais que revelam o estilo de vida de um povo, por exemplo); entre outras.

    A ciência História também tem sua história. A maneira como a vemos e a estudamos hoje é diferente de como ela era vista e analisada na Idade Medieval, por exemplo. No período medieval a História era sustentada pela religiosidade e era dirigida apenas à elite. Mas a influência religiosa no que tange o ensinamento histórico ultrapassa a Idade Média e era percebida até por volta do século XIX. História e Teologia se mesclavam nas aulas até nesse período. Na Idade Moderna a História tinha a função de apresentar aos jovens da elite o passado e o poderio de sua nação. No Brasil não foi muito diferente. Em 1837, a disciplina História que antes era facultativa nas escolas tornou-se obrigatória e destinava-se a formação de proprietários e escravistas.

    O modelo eurocêntrico tem até hoje forte influência no contexto histórico, tanto é que apesar de muitos historiadores e professores se contraporem a essa divisão – História Antiga, Média, Moderna e Contemporânea – ela é comumente usada nas salas de aula. Neste contexto, a História do Brasil não ganhava muito destaque, mas sofria alterações à medida que se influenciava mais pelas características europeias. Aos poucos, a História foi enaltecendo os atos daqueles que ajudavam a construir a nação e deixando de lado o aspecto religioso. Já no período republicano brasileiro, o ensino passa a ter a função de despertar no cidadão o seu amor à pátria e, para isso, instaura-se na década de 1920 a disciplina de "Instrução Moral e Cívica". No campo histórico a disciplina tinha como prioridade relatar fatos políticos, mais tarde passou a mencionar a economia. Houve influência dos Estados Unidos também. Os estadunidenses influenciaram no sentido de educar tecnicamente o cidadão para que ele se tornasse mais produtivo e capacitado na indústria. Durante a fase da ditadura militar a História é voltada ao estudo da biografia dos grandes heróis nacionais e dos acontecimentos políticos de maior destaque. Questionamentos e opiniões eram repudiados, ninguém podia se manifestar contra o governo e a política. Isso significa que o ensino da História e até da Geografia passou a se fundamentar em leitura, memorização e questionários, o que não estimulava o aluno a pensar e a se encontrar como sujeito participante da História. Apenas por volta da década de 80 é que o ensino da História é repensado e remodelado. A História Geral e do Brasil passam a ser estudadas de forma intercalada e cronológica, aberta às críticas e à participação dos estudantes tornando-a dinâmica e interessante.

    A História é uma ciência que possui, assim como outras ciências, algumas correntes ou teorias. Uma dessas correntes, muito recente por sinal, é a Outra História a qual trata da História feita pelo povo e não para a glorificação da classe dominante, dos governantes. Outra corrente é o Marxismo que se fundamenta na evolução do processo de produção, ou seja, na maneira como os homens produzem e usam os instrumentos para criar os seus meios de subsistência. Dentro dessa teoria, os indivíduos que formam a classe dominante são os que determinam um período histórico. Partindo para o Positivismo, essa corrente trabalha com a ideia de que os acontecimentos históricos podem ser previstos, pois os fatos se encadeiam mecanicamente (linearmente). Hoje em dia é comum conceber a História Integrada, cujo a qual apresenta as relações variadas entre os povos de diferentes sociedades não isoladamente, mas sim com influências e interferências mútuas no tempo e no espaço.  

    O que importa mesmo é conscientizar o aluno da importância do estudo histórico. No entanto, essa tarefa tem sido dificultosa para os professores. Afinal, por que um adolescente do terceiro milênio deve aprender História? Não é difícil responder a essa questão diante de tantos argumentos que aqui já foram expostos. Sabemos que o desgosto por essa matéria vem da seguinte questão: os alunos, geralmente, não têm a consciência da relevância de se estudar essa disciplina. Por isso, faz-se necessário, primeiramente, conscientizá-los de que são personagens ativos da história, que são modificadores e construtores da sociedade e que suas escolhas e ações impactam o ambiente em que estão inseridos e vão acarretar em alguma consequência. Em segundo lugar é importante despertar neles o significado do estudo histórico e mostrar que, embora se trate de assuntos antigos, o aprendizado através desse estudo tem muito a ver com a atualidade e até mesmo com o futuro. O professor deve ser apenas mediador entre o aluno e suas descobertas e fazer com que ele descubra que o conhecimento histórico não se dá apenas na sala de aula, mas em todas as relações com os outros, com o meio e através das mídias, ou seja, ele acontece informalmente e a todo e qualquer momento.

    Uma ferramenta muito utilizada pelos professores é o livro didático. Ele auxilia e até facilita a relação de ensino-aprendizagem entre professores e alunos. No entanto, nem todos os livros são confiáveis e completos. No caso da disciplina de História, o livro didático deixa muito a desejar, salvo alguns casos. A História é uma matéria que exige opinião própria, crítica aos fatos, desenvolvimento do pensamento, compreensão da realidade e, muitas vezes os livros não propõem nenhuma dessas situações. Eles transmitem aos alunos e até mesmo a alguns professores a sensação de que já estão acabados, de que é aquilo e pronto, quando na realidade deveriam estimular o pensamento, a busca de novas propostas, o incentivo à crítica, ao debate, fazendo com que dessa maneira o aluno, juntamente com o professor, se sintam e se tornem sujeitos da história. Outro método que aborta o senso crítico dos educandos são as aulas expositivas exageradas que não permitem opiniões e abertura a debates. Aulas com assuntos ou métodos distantes da realidade do aluno também são desestimulantes, o aluno precisa sentir a História, entrar nela, ser atuante.

    A inclusão de novas linguagens e tecnologias precisa fazer parte das aulas de História. Ferramentas audiovisuais prendem a atenção dos alunos quando aplicadas no momento oportuno e de forma correta. Assim como dinâmicas e brincadeiras entrosam os alunos com os assuntos estudados. Assuntos que poderão ser tratados também de maneira interdisciplinar. Quando focamos um tema para ser trabalhado em várias disciplinas, os alunos descobrem diversos pontos de vista acerca de diferentes aspectos sobre ele, tornando essa interdisciplinaridade numa gostosa aventura de aprendizagem. Uma viagem de estudo também pode ser uma maneira divertida de aprender muito mais do que talvez se aprenderia na sala de aula.

    Portanto, o papel da História enquanto disciplina escolar é despertar nos alunos o sentido crítico dos fatos, fazê-los organizar as informações, classificá-las conforme sua importância, analisar e interpretar os acontecimentos e extrair alguma lição deles. As aulas de História não são para decorar nomes e datas, e sim para estimular os alunos a refletirem sobre o assunto em questão, debaterem, trocarem ideias, experiências e conhecimentos; sugar a criatividade deles através de dinâmicas e atividades práticas que proporcionem um contato direto com aquilo que estão estudando e trazer para a realidade em que vivem. “O aluno precisa sentir que a aula de História é um espaço onde ele pode falar, relatar, questionar, refletir sobre os fatos, relacionando-os com a realidade que os cerca” (RAMOS. 2008, p. 36).

    Nesse sentido, estudar História é viver um paradoxo: ou viaja-se no tempo em direção ao passado ou traz-se o passado para o presente. Precisamos estar conectados com a informação, absorver o conhecimento e, com base nisso, construir um futuro melhor. Afinal, a todo instante cada um de nós, querendo ou não, conscientes ou não disto, construimos a História da Humanidade. 

    Josimar Tais

    REFERÊNCIA: RAMOS, Paulo. Fundamentos e Metodologias do Ensino de História. Módulo de Ensino da Assessoria Pedagógica Ramos: Massaranduba, 2008.

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